Três empresas aguardavam o início da abertura dos envelopes com as propostas para a licitação de R$ 4,5 milhões para reforma no prédio do Centro de Belas Artes nesta segunda-feira (09), quando foram comunicadas da suspensão do certame pelo (Tribunal de Contas Estadual de Mato Grosso do Sul) pelos responsáveis da Central de Compras da Prefeitura de Campo Grande.

Além da comunicação aos empresários, a suspensão também foi publicada nesta segunda no DOU (Diário Oficial da União) e deve sair em edição extra do (Diário Oficial de Campo Grande). Não foi informado, no entanto, por qual motivo o TCE suspendeu a licitação.

Antes de abertura dos envelopes, licitação do Belas Artes é suspensa pelo TCE-MS
Edição desta segunda, quando seriam abertos os envelopes, informando da suspensão (Reprodução DOU)

Estavam na Central de Compras para a apresentação das propostas as empresas Tomap, Gomes e Azevedo e Trevo Engenharia. Os servidores informaram aos empresários que iam se inteirar do pedido do TCE e que, se fosse por adequação do edital, as propostas e habilitação das empresas poderiam voltar a ser analisadas daqui a 30 dias.

Concorrência

A retomada da licitação foi anunciada em agosto, depois de pelo menos seis anos de obra paralisada e da atual administração municipal avaliar o que fazer no local desde 2017. Em junho de 2018, o município anunciou a liberação de parte R$ 11,5 milhões, da Caixa Econômica Federal, para o Belas Artes. A ideia era que a obra começasse ainda naquele ano.

Segundo o secretário de Infraestrutura do município, Rudi Fioresi, a licitação refere-se a 3 mil metros quadrados, de um total de 15 mil, e faz parte do convênio firmado há anos com o Ministério do . Por estar prevista em contrato com o governo federal, esta parte precisa ser finalizada para que o restante do Centro seja retomado.

O restante do espaço inutilizado deve se tornar local de serviços públicos ou, ainda, ser concedido à iniciativa privada, de acordo com a coordenadora de projetos, Catiana Sabadin. No entanto, o município está mais propenso a levar para o local serviços, segundo a coordenadora, que não adiantou quais serão, pois a medida está em fase de formatação.

No espaço que foi objeto do convênio com o Ministério do Turismo, funcionará o Centro de Belas Artes, local que poderá funcionar assim que estiver pronta, independentemente do restante do prédio. Depois do resultado da licitação, a obra deve levar até um ano para ficar pronta.

O Belas Artes teve a construção paralisada de vez há seis anos, mas a obra começou há 26. Naquela ocasião, a ideia para o prédio era abrigar a rodoviária de Campo Grande. Em 2007, o projeto foi transformado em Centro de Belas Artes.

Um ano depois, a prefeitura firmou convênios com o Ministério do Turismo de R$ 5,8 milhões e 80% da obra referente a este contrato já foi concluída. O segundo convênio era de R$ 2,9 milhões, cujo objeto teve apenas 11% de execução.