Advogado que pediu bloqueio contra Reinaldo é suspeito de lavar dinheiro
Ele advoga para Telexfree
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Ele advoga para Telexfree
Advogado campo-grandense que ingressou com ação popular contra o governador do Estado Reinaldo Azambuja e os empresários Wesley e Joesley Batista, Danny Fabrício Cabral Gomes está na lista de denunciados pelo MPE-ES (Ministério Público Estadual do Espírito Santo) por lavagem de dinheiro.
Cinco denúncias foram ajuizadas em março deste ano e dizem respeito a 15 pessoas ligadas à Telexfree, representada no Brasil pela Ympactus Comercial, a qual Danny é advogado. Os sócios-administradores da empresa, Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler, também estão na lista.
De acordo com o MPE-ES, os crimes aconteceram, em sua maioria, após a suspensão judicial dos cadastros de brasileiros na rede de divulgadores da Telexfree no País, ocorrida em junho de 2013 por determinação do TJ-AC (Tribunal de Justiça do Acre). A mesma decisão bloqueou R$ 600 milhões das contas da companhia.
Acusação
Ainda segundo as denúncias, os crimes de lavagem de dinheiro ocorreram de três formas, sendo elas por meio de compra de quatro veículos de luxo (uma BMW, um Toyota Corolla, uma Hilux e um Toyota Prius) pelos sócios da Telexfree, mas registrados no nome de terceiros.
Eles também permitiram que brasileiros ingressassem na rede, mesmo com decisão suspendendo as atividades no Brasil. Para isso, faziam cadastros diretamente na Telexfree internacional e providenciaram meios alternativos para movimentação de valores, mantendo as atividades ilegais.
O dinheiro movimentado com a compra de créditos/dólares no sistema da Telexfree era utilizado para pagamentos de diversas despesas da mesma, inclusive do salário de funcionários. Além disso, a aquisição da Simternet Tecnologia da Informação ficou caracterizada como lavagem de dinheiro.
Com o nome fantasia de Voxbras, a companhia foi comprada com montante oriundo da Telexfree e foi usada para transferências monetárias entre os sócios. Isso, logo depois que houve bloqueio das contas bancárias, sendo forjado, inclusive, um contrato ideologicamente falso entre os denunciados para justificar os repasses, conforme o MPE-ES.
Judicialização
Segundo publicação do jornal capixaba Gazeta Online, no dia 9 de junho a Justiça proibiu a Voxbras de comercializar dois serviços: o VoxZap, aplicativo no mesmo modelo do Whatsapp, e o Pipz que funciona como um programa que acumula pontos para troca de produtos.
A ação pedindo o impedimento do uso dos aplicativos foi ingressada pelo Ministério Público do respectivo estado e acolhida pelo juiz Joaquim Ricardo Camatta. De acordo com a decisão, há indícios de que a Voxbras, que tem sede em Castelo (ES), esteja sendo usada “como forma de reestruturar ilicitamente a Telexfree”.
O magistrado observa que há confusão entre os sócios, Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler, “suspeita de transferência patrimonial para evasão de responsabilidades e terceirização de serviço sobre o qual não se tem garantia de idoneidade (…) entendo prudente acolher os requerimentos, evitando-se a reedição do malfadado esquema de pirâmide financeira, condicionando a disponibilidade do produto no mercado à prévia realização de perícia”.
À Gazeta, Danny, que também é advogado da companhia, explicou que, na prática, ambas têm sócios em comum, mas, para fins legais, não se pode considera-las como uma só.
Funcionamento
Os aplicativos foram lançados no final de abril pelos próprios sócios. O VoxZap faz ligações, envia mensagens de textos e videoconferência e concede premiações aos usuários que cumprirem tarefas como realização de check-ins, atualização do perfil e a visualização de vídeos pela plataforma.
A cada tarefa realizada aparecerá uma publicidade ao usuário. Primeiro do Google Adsensese depois dos parceiros. Desta publicidade que se alimenta ‘sozinha’ virá o dinheiro da bonificação.
Já o Pipz tem mensalidade de R$ 179,90 e serve para acumular pontos que podem ser aumentados a caga amigo que entrar no plano VoxZap Max. Os créditos podem ser sacados em dinheiro ou trocados por produtos em lojas cadastradas. (Com informações da Gazeta Online e MPE-ES. Foto Divulgação).
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