Pensão de ex-governadores custa R$ 1 milhão por ano a Mato Grosso do Sul
Média de aposentadoria dos políticos é de R$ 30 mil
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Média de aposentadoria dos políticos é de R$ 30 mil
Apenas três ex-governadores de Mato Grosso do Sul recebem pensão vitalícia pelo tempo em que passaram no cargo. As remunerações, contando 13º salário do trio, custa mais de R$ 1 milhão por ano aos contribuintes. O Portal de Transparência do Governo do Estado revela que o ex-governador Marcelo Miranda, que ocupou o cargo em duas ocasiões, recebe por mês o teto do funcionalismo público estadual, ou seja R$ 30,4 mil.
Miranda governou o Estado pela primeira entre junho de 1979 a outubro de 1980, quando foi nomeado Chefe do Executivo Estadual pelo então presidente do regime militar, João Batista Figueiredo, e a segunda entre março 1987 a março de 1991, desta vez eleito pelo voto popular.
Pedro Pedrossian, também recebe o teto do funcionalismo público, R$ 30,4 mil, e é outro que governou Mato Grosso do Sul em duas ocasiões. Engenheiro de formação e conhecido por obras de grande porte, ele também foi governador de Mato Grosso, de onde recebe outros R$ 24,1 mil de pensão vitalícia, conforme informações do Portal de Transparência mato-grossense.
Somadas, as aposentadorias de Pedrossian custam R$ 54 mil por mês aos cofres públicos dos dois estados.
Pedrossian também foi nomeado por Figueiredo, e ficou no cargo pela primeira vez de novembro de 1980 a março de 1983, depois, eleito governador, ficou no poder de março de 1991 a janeiro de 1995.
O ex-senador Ramez Tebet (1936-2006) governou MS entre maio de 1986 e março de 1987, quando era vice-governador e assumiu com a saída de Wilson Barbosa Martins para o Senado. Pelo período no cargo, também teve direito ao benefício, transformada em pensão após sua morte.
Wilson Martins, que foi eleito por duas vezes governador do Estado, abriu mão da pensão em 2011, quando o assunto foi alvo de críticas populares.
Já Zeca do PT, governador entre 1999 a 2006, chegou a receber a pensão, e só parou porque o benefício foi suspenso em 2007 por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), depois que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra as pensões vitalícias a políticos.
André Puccinelli (PMDB), que deixou o cargo em 2014, após dois mandatos, não chegou a ter acesso à regalia devido à decisão dos ministros do Supremo.
Dados do portal do Sindicato Nacional dos Aposentados dão conta que a maioria dos brasileiros recebe cerca de R$ 1,3 mil de aposentadoria, o equivalente a cerca de um salário mínimo e meio.
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