Prefeitura diz que empreiteiras não erraram e admite que ‘não tem a quem responsabilizar’

Após denúncia de que, supostamente, as empreiteiras encarregadas da obra da Avenida José Barbosa Rodrigues erraram no cálculo, acarretando em desvio do curso do córrego, a Prefeitura de Campo Grande afirma que as construtoras não erraram, bem como não há ninguém para ser responsabilizado, por se tratar de acontecimentos externos. Essa informação foi feita por […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Após denúncia de que, supostamente, as empreiteiras encarregadas da obra da Avenida José Barbosa Rodrigues erraram no cálculo, acarretando em desvio do curso do córrego, a Prefeitura de Campo Grande afirma que as construtoras não erraram, bem como não há ninguém para ser responsabilizado, por se tratar de acontecimentos externos. Essa informação foi feita por meio de nota oficial.

Além disso, a Prefeitura afirma que houve, sim, um estudo de impacto ambiental, porém, não divulgou tal levantamento.

Já a Semadur afirmou que não havia um estudo prévio, só houve uma tentativa de corrigir, por parte da Prefeitura, o curso do rio que foi modificado por supostos moradores. Segundo a Semadur, nesses casos emergenciais, é possível agir sem o estudo.

Os moradores da região do Parque Imbirussu, que inclui o Jardim Zé Pereira, denunciam o rebaixamento de uma das pistas da avenida em relação ao leito do rio. Por isso, ocorriam, frequentemente, alagamentos na via. Segundo os populares, isso foi ocasionado por um possível erro de cálculo dessas construtoras.

Eles também revelam que, recentemente, máquinas e operários, supostamente da Prefeitura, teriam removido o excesso de terra da avenida para dentro do parque, cobrindo a vegetação original e alterando, novamente, o curso do córrego.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, durante as obras, havia uma fiscalização efetiva por parte da Seintrha(Secretaria Municipal de Infraestrutura Transporte e Habitação), além de uma empresa de supervisão que acompanhou do início ao fim o empreendimento. Por isso, foi descartada a hipótese de erro de cálculo.

Riscos ambientais

De acordo com o ambientalista Haroldo Borralho, para se fazer qualquer obra que envolva o meio ambiente é preciso um estudo prévio de impacto ambiental. “Sem um estudo específico há vários riscos como enxugamento e assoreamento do rio. É preciso saber se há esse planejamento”, acentua.

A obra

Segundo declarações na época da inauguração do então prefeito Nelsinho Trad, a obra durou sete anos e teve recursos de mais de R$ 120 milhões, para o complexo Imbirussu-Serradinho, com investimentos da Prefeitura de Campo Grande, Fonplata, PAC, Fundeb e HBB, Águas Guariroba e Programa Reluz. Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, as empreiteiras que participaram das obras foram: Cobel Construtora de Obras de Engenharia Ltda; Financial Construtora Industrial Ltda.; Encalso Construções Ltda. e Elma Engenharia, Construções e Comércio Ltda./Construtora Industrial São Luiz S.A.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados

A publicação foi feita no Diário Oficial da ASSOMASUL (Foto: Divulgação)
mau cheiro jbs
vereador