A Justiça suíça confirmou nesta terça-feira (29) a abertura de uma investigação contra o chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, por um suposto caso de corrupção ocorrido em 2006, e já investigado pela Alemanha.
“Foi aberta uma investigação penal por parte do Ministério Público de Genebra depois de uma denúncia realizada pela empresa Constantin Medien”, informou Henri Della Casa, porta-voz da Promotoria.
“O objetivo é esclarecer se os fatos constituem infrações ao direito penal suíço”, completou Della Casa.
O porta-voz evitou falar diretamente no nome de Ecclestone, mas confirmou as informações de vários veículos da imprensa internacional que disseram que o chefe da Fórmula 1 é o foco da investigação.
O Constantin Medien acusa Ecclestone no processo que corre em Londres de subavaliar as ações do banco Bayern Landersbank na Fórmula 1.
O jornal “Financial Times” informou que, quando o grupo americano CVC Capital Partners, atual detentor dos direitos comerciais da F1, completou a compra em abril de 2006, a participação do Bayern Landersbank foi vendida por US$ 820 milhões (R$ 1,9 bilhão).
No ano seguinte, por causa de um refinanciamento do capital, os títulos aumentaram para US$ 2,8 bilhões (R$ 6,4 bilhões). Por conta disso, o Constantin Medien, que tinha direito contratual 10% dos lucros do Bayern, acusa prejuízo de US$ 171 milhões (R$ 391,2 milhões).