Às vésperas da vinda do presidente Jair Bolsonaro a Mato Grosso do Sul, na última sexta-feira, veio a público que o governador Reinaldo Azambuja não estaria presente em razão de viagem a São Paulo, na quinta-feira, para celebrar o aniversário da esposa.

Nos bastidores, sabia-se que  a versão oficial tinha o objetivo de dissimular a verdade. A decisão decorreria do vexame que o governador protagonizou em Corumbá, onde foi efusivamente vaiado ao lado do presidente em sua última visita ao estado.

Mas na verdade, nenhuma coisa  nem outra. A ausência “casual” teria, dizem, sido polidamente sugerida a Reinaldo, vinda de Brasília. Tucanos se encarregavam de desdenhar e desmentir a informação que corria nos bastidores. Mas o que estava por vir confirmaria  a máxima de que ‘onde há fumaça, há fogo’. No ato da cerimônia o presidente questionou o valor dos preços de combustíveis em Mato Grosso do Sul, o mais caro do centro-oeste e entre os mais altos do país, cenário agravado recentemente pela elevação das alíquotas de ICMS determinadas pelo governador, sem piedade, em tempos de dificuldades econômicas sem precedentes. 

Não resta dúvida, a escapada de Reinaldo foi providencial. Mas acabou nocauteado. Um jab, direto, e um cruzado.