Falta de sistema integrado com Justiça e Polícia Federal pode ter facilitado soltura de traficante, diz diretor da Agepen

Um dos motivos para a soltura de Jorge Luiz da Silva, o Bolão, traficante que saiu da cadeia através de uma decisão da vara Criminal de Aquidauana no dia 14 de setembro, 20 dias depois de sair um mandado de prisão da Justiça Federal, é a falta de um sistema integrado de informações com a […]

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Um dos motivos para a soltura de Jorge Luiz da Silva, o Bolão, traficante que saiu da cadeia através de uma decisão da vara Criminal de Aquidauana no dia 14 de setembro, 20 dias depois de sair um mandado de prisão da Justiça Federal, é a falta de um sistema integrado de informações com a Justiça e a Polícia Federal.

A afirmação é do diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Deusdete Oliveira. “As pesquisas são feitas através do Infoseg sistema nacional de integração dados e imagens – e se ele não estiver alimentado, muitas vezes os dados ficam inconsistentes”, disse.

Bolão foi preso pela Polícia Federal durante uma operação contra o tráfico de drogas no mês de abril deste ano, em Aquidauana.

A Polícia Federal montou um esquema de investigação que culminou em operação contra o tráfico de drogas, no dia 14 de abril deste ano, na cidade de Aquidauana, onde foram presas quatro pessoas, recolhidos dois veículos utilitários e apreendidos 312 kg de cocaína.

Por dois meses, policiais federais investigaram as transações criminosas de Bolão e descobriram que ele e seu grupo estavam prestes a trazer para Campo Grande um carregamento de cocaína, que estava escondido na carroceria de uma caminhonete, em uma garagem nas proximidades da Estação Ferroviária de Aquidauana.

O primeiro integrante do grupo a ser preso foi Moraci Pereira Brandão, de 35 anos. Ele é pai da adolescente Jéssica Brandão, que morreu em abril do ano passado, aos 17 anos, por overdose de cocaína, na casa da família. Depois, os policiais prenderam Marcos Roberto Pereira. Eles foram detidos no momento em que transferiam fardos da droga de um veículo para outro.

Com as prisões de Moraci e Marcos Roberto em Aquidauana, os policiais federais prenderam em Campo Grande Bolão e sua esposa. Ele já havia sido preso em 2003, também pela Polícia Federal, pelo mesmo motivo.

Jorge Luiz foi solto mesmo com mandado de prisão expedido pela Justiça Federal

Moraci também ganhou alvará de soltura expedido pelo juiz de Aquidauana, Giuliano Máximo Martins, no mesmo dia que Bolão, 14 de setembro.

(Colaborou Eliane Souza)

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