Encerra nesta sexta-feira (5), o prazo da janela partidária e pelo menos 16 dos 29 vereadores da Câmara de Campo Grande já mudaram de sigla durante o período que iniciou no dia 7 de março.

A janela partidária é aberta em qualquer ano eleitoral, seis meses antes da votação. Neste ano, o primeiro turno da eleição acontece no dia 6 de outubro. De modo geral, é o período de 30 dias em que ocupantes de cargos eletivos, obtidos em pleitos proporcionais, podem trocar de partido sem perder o mandato.

Como em 2024 somente os mandatos de vereador são os que estão prestes a terminar, a norma vale apenas para quem ocupa essa função atualmente. Em Campo Grande, mais da metade dos parlamentares trocou de sigla mesmo antes do prazo determinado para trocas de partido terminar.

O PSD foi a sigla que mais teve mudanças. Com a janela, das oito cadeiras que o partido ocupava na Casa, agora, restam apenas duas. Beto Avelar, Delei Pinheiro, Professor Riverton, Valdir Gomes e Tiago Vargas saíram do PSD e migraram para a sigla da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, o PP. O Partido Progressista ainda conta com João Rocha, que deixou a secretaria de governo e voltou para a Câmara com a intenção de disputar as eleições de 2024.

No PSD, continua Otávio Trad e agora conta com Gilmar da Cruz, que deixou o Republicanos. A sigla também tinha a cadeira do vereador Silvio Pitu, que vai deixar o PSD para se filiar ao PSDB.

A queda de braço na Casa de Leis segue acirrada entre PP e PSDB. O vereador Victor Rocha deixou o Progressista e migrou para a sigla tucana. Os parlamentares que já eram do PSDB, Claudinho Serra e Professor Juari, seguem no partido. Serra foi preso nesta semana durante a terceira fase da Operação Tromper. Se o parlamentar faltar mais 9 sessões, ele pode perder o mandato.

Zé da Farmácia, que era do Podemos, agora faz parte do time do PSDB. O vereador Papy, ex-presidente estadual do Solidariedade, deixou o partido e se filiou à sigla tucana. Willian Maksoud, ‘ex-PTB’ também se filiou ao PSDB.

Na última semana, Dr. Sandro Benites, que ficou sem partido devido à fusão do patriota com o PTB, também se filiou ao PP. Marcos Tabosa, que era do PDT, até cogitou ir para o PSB, mas se filiou ao PP. Sendo assim, o Progressista conta com 8 cadeiras e o PSDB tem 7.

O MDB também contou com reforço de mais uma cadeira. O vereador Coringa, que era presidente municipal do PSD, migrou para o partido emedebista. Dr. Loester e Dr. Jamal continuam na sigla.

Parlamentares do Podemos, Ronilço Guerreiro e Clodoilson Pires, alegam que não pretendem deixar o partido. O PSB, sigla do presidente da Casa, Carlos Augusto Borges, continua com uma cadeira na Câmara.

Os vereadores do PT, Ayrton Araújo e Luiza Ribeiro, não devem deixar a sigla. O União Brasil tem apenas uma cadeira na Câmara. O vereador Alírio Villasanti disse que, apesar de comentar estar em negociação com o PSDB, não deve deixar o partido.

O vereador professor André Luís teve sua pré-candidatura à prefeitura da Capital lançada pelo Rede Sustentabilidade, mas decidiu mudar de partido e se filiou ao PRD, sigla que surgiu após a fusão do Patriota com o PTB.

O vereador Edu Miranda, que era do Patriota e ficou sem partido devido à fusão, se filiou ao Avante no último dia 3 de abril. Betinho, do Republicanos, também não pretende deixar a sigla.