O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), confirmou que foi protocolado um pedido de cassação de mandato do vereador Claudinho Serra (PSDB). “Ele que tem que ver a vida dele, se ele vai trabalhar, ou se ele não vai trabalhar, ele foi eleito para trabalhar”, avaliou Carlão nesta terça-feira (7).

O pedido de cassação foi protocolado por cidadão de Campo Grande e não pela Câmara. “A Casa não tem como pedir, ele não fez nada que prejudicasse a Casa”, pontuou Carlão.

Assim, afirmou que “o pessoal gosta de fazer esse tipo de pedido para se aparecer às vezes, para estar na mídia”. Para o presidente da Casa, o pedido de cassação não tem embasamento.

“Esse pedido de cassação juridicamente não tem consistência, porque nós temos que trabalhar em cima das leis, não podemos atropelar as leis. Só perde o mandato você faz um ato dentro do mandato e não foi o caso dele”, disse.

Ao Jornal Midiamax, o presidente da Casa de Leis disse que não há pedido de eleitores para que os parlamentares avaliem o pedido de cassação. “Não chegou nada não, se chegar a gente vai avaliar”, informou.

Conforme o parlamentar, os atos investigados e que causaram prisão de Claudinho Serra são anteriores ao início do mandato. “Esses atos dele é quando ele era suplente, vida particular dele. Dentro do mandato ele não fez, não tem nenhum crime, não cometeu nada dentro do mandato”, ressaltou Carlão.

Por fim, destacou que “quem tira o mandato é o Tribunal Regional Eleitoral, é o juiz, é o Tribunal Superior Eleitoral, é o Conselho de Ética”.

Vereador do PSDB, Claudinho Serra ficou preso por 23 dias

Após passar 23 dias preso e conseguir habeas corpus, o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), colocou tornozeleira eletrônica e está obrigado a ficar recluso em sua casa, além de outras medidas cautelares.

O vereador estava preso desde 3 de abril, em decorrência das investigações da terceira fase da Operação Tromper. Ele é acusado de ser o mentor de suposto esquema de corrupção que desviava recursos da prefeitura de Sidrolândia.

A partir de agora, a estimativa é de que ele fique pelo menos seis meses sob monitoramento da Justiça, ou seja, utilizando uma tornozeleira eletrônica. Com isso, o parlamentar poderá até mesmo comparecer às sessões da Câmara Municipal utilizando o dispositivo.

Conforme decisão, o vereador tucano deve ficar em casa todas as noites, inclusive aos feriados e fins de semana (das 20h às 6h).

Também, o desembargador determinou que Claudinho deve comparecer mensalmente em juízo para comprovar o atual endereço, além de ficar proibido de frequentar bares, restaurantes ou locais com aglomeração de pessoas, assim como não ingerir bebida alcoólica.

O vereador não deverá se aproximar de outras testemunhas, nem se ausentar da comarca de Campo Grande sem autorização judicial prévia.