De volta à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (19), os servidores aposentados temem que o Governo do Estado apresente uma proposta sem antes dialogar com a categoria. Na semana passada, os deputados recusaram a proposta de abono de R$ 300 a pedido dos aposentados durante a disputa pelo fim da alíquota de 14%.

Servidora aposentada disse ao Midiamax que neste mês completa um ano das reivindicações pelo fim do tributo. “Viemos toda sessão porque o Governo não está repassando nada. Fizeram uma proposta de abono de R$ 300, depois teve outra reunião com três deputados na semana passada e depois disso, ficaram de apresentar uma contraproposta. O governo fez uma promessa de que nos chamaria para conversar e apresentar, mas não fizeram isso”, disse.

Compondo a comissão que faz intermediação da negociação, Pedro Kemp (PT) disse no plenário que não vai aceitar qualquer proposta sem antes negociar com os aposentados. Sem detalhar durante o Pequeno Expediente, o deputado confirmou que na quinta-feira (21) deverá chegar proposta do Executivo.

“Consideramos que ainda não atende a expectativa dos servidores, por tanto ainda estamos em negociação. Queremos avançar para atingir o maior número de servidores. Hoje a proposta do Governo atende 4 mil servidores, mas queremos pelo menos atingir 11 mil servidores”, disse Kemp.

Abono de R$ 300 recusado

A Alems recusou a proposta apresentada pelo Governo sobre o desconto de 14% na folha de pagamento referente à Previdência Social. O plano era que os aposentados e pensionistas que recebem dois salários mínimos recebessem um abono de R$ 300, mas a sugestão foi negada e uma contraproposta foi enviada para apreciação do executivo.

Segundo o deputado estadual Pedro Kemp (PT), a proposta do Governo contemplaria 4 mil servidores, número que consideraram insuficiente para atender ao pedido dos servidores inativos. 

O parlamentar afirmou que, na última quinta-feira (14), a Alems apresentou uma contraproposta para o executivo estadual que deve contemplar até 11 mil trabalhadores. O déficit na previdência estadual chega a R$ 11 bilhões e um dos desafios é atender à demanda dos trabalhadores e manter o equilíbrio nas contas.