Monitorado por tornozeleira eletrônica desde que deixou a prisão na última sexta-feira (26), o vereador Claudinho Serra (PSDB) poderá participar de sessão na Câmara Municipal de Campo Grande e zerar faltas que acumulou desde que foi preso, em 3 de abril.

Pelo regimento interno da Casa de Leis, caso o parlamentar deixasse de comparecer a dez sessões, seria afastado do cargo. Segundo o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão, o político poderá comparecer remotamente à sessão ordinária, já que o encontro online é regulamentado por lei. No entanto, caso não vá, ou não assista à sessão de casa, terá de apresentar afastamento médico ou ficará com falta.

Na semana passada, havia rumores no PSDB de renúncia do cargo, ocasião em que a defesa de Claudinho informou ao Jornal Midiamax que suposta entrega do cargo na Câmara Municipal de Campo Grande só seria avaliada após o vereador deixar a cadeia. Mas até agora o político não se manifestou sobre a decisão.

O parlamentar ficou preso por 23 dias, acusado de ser o mentor de suposto esquema de corrupção que desviava recursos da prefeitura de Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, enquanto era o secretário municipal de Fazenda. A sogra dele é a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP).

No dia 19 de abril, o juiz aceitou a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Claudinho Serra e outras 21 pessoas tornaram-se réus no processo que investiga as fraudes no Município.

O julgamento do habeas corpus é do desembargador da 2ª Câmara Criminal de Campo Grande, José Ale Ahmad Netto. A decisão foi expedida no fim da tarde desta sexta-feira (26).

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