O deputado federal Marcos Pollon (PL) apresentou projeto de lei na em que cria o Dia Nacional do Tiro Desportivo no Brasil. Pró-armas, o congressista chegou a condenar falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pediu fechamento de clubes de tiro no país.

A proposta foi protocolada na na última sexta-feira (4), assinada junto ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A iniciativa define o dia 3 de agosto como a data para o Dia do Tiro Desportivo.

Na justificativa, os parlamentares pontuam que tiro desportivo é uma modalidade formalmente constituída nos termos da Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, com entidades de representação em nível nacional e até internacional.

Além disso, destacam que a primeira medalha Olímpica do Brasil foi a de prata, em 2 de agosto de 1920, com Afrânio da Costa. Também pontuam a conquista do primeiro ouro, por Guilherme Paraense, na prova de tiro rápido.

“Ante a tantos resultados positivos, ainda que lutando contra as mais insensatas adversidades, o tiro desportivo no Brasil é uma modalidade que traz resultados inquestionáveis e para tanto o mínimo que esta Casa do Povo é prestigiar esse que nos dá tantas alegrias e orgulho”, escrevem.

Pedido de Lula para acabar com clubes de tiro

Após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar no dia 25 de julho que pediu para que os clubes de tiro fossem fechados no Brasil, o deputado federal e pró-armas, Marcos Pollon (PL), condenou as falas do presidente. Para o congressista, o chefe do executivo no país ‘persegue' os CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e busca ‘vingança' contra os bolsonaristas.

“Completamente antidemocrática essa declaração. Que faz a perseguição de um nicho que obedece à lei, que contrata, gera emprego, paga impostos. Só um ditador tem coragem de buscar extinguir esporte que gerou primeira medalha olímpica na história para o Brasil. […] Mostra que o presidente não desceu do palanque, não está preocupado em governar, está preocupado em vingança, de alguns setores da população que ele identifica como bolsonaristas”, disse.

Durante a fala, Lula ainda afirma que o decreto de Jair Bolsonaro (PL) sobre o armamento seria para “agradar o crime organizado”. Pollon classificou a afirmação como ‘mentirosa' e sem nenhuma referência técnica.

“Sem qualquer referência, diz que as armas adquiridas legalmente abastecem o crime organizado, isso é mentira. Os índices mostram que eventuais desvios de armas compradas de maneira legal para o crime organizado, a porcentagem são casas decimais. Ele sabe disso porque o Ministério da Justiça tem esses índices. Ao contrário, deveriam se empenham em desarmar os criminosos, mas não faz. Isso é preocupante e aponta que o Crasil caminha para o regime ditatorial”, disse o parlamentar.

Pollon também protocolou na Câmara dos Deputados um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que suspende o novo decreto que regulamenta as armas no Brasil, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Conforme o congressista, o novo regulamento ‘extrapola as atribuições constitucionais e viola a Lei 10.826 que passa para a Polícia Federal atribuições legais do Exército Brasileiro'.