VÍDEO: prefeito de Ivinhema faz vídeo e ameaça suposto ladrão de plantas da cidade

‘Tem uma câmera que filmou a sua cara. Vai amanhã e planta, ou sua cara vai estar nos sites como ladrão do patrimônio público’, disse

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Prefeito de Ivinhema. (Foto: Reprodução/Instagram)

O prefeito de Ivinhema, Juliano Barros Donato (DEM), usou suas redes sociais na quinta-feira (19) para gravar um vídeo ameaçando um suposto ladrão de plantas da cidade. Nas imagens, o chefe do executivo ainda estabeleceu um prazo para o suspeito ‘se apresentar’ e replantar o que foi levado.

Donato diz que uma pessoa teria furtado plantas e ainda decretou que o suposto ladrão teria até esta sexta-feira (20) para se redimir, ou o rosto dela estaria ‘em vários portais do Estado‘.

“Roubaram umas plantas. Tem uma câmera que filmou a sua cara. Vai amanhã e planta, ou sua cara vai estar nos sites como ladrão do patrimônio público”, disse.

A equipe de reportagem do Midiamax tentou entrar em contato com o Prefeito de Ivinhema, mas até o fechamento desta reportagem não obteve respostas do chefe do executivo.

Veja o vídeo:

Prefeito Ivinhema from Redação on Vimeo.

Polêmica envolvendo prefeito

Não é a primeira vez que o prefeito se envolve em polêmicas. Em fevereiro deste ano, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches, da 1ª Vara de Ivinhema determinou o bloqueio de R$ 300 mil de Juliano por irregularidades na rifa de um veículo Opala cujos recursos seriam doados para caridade. De acordo com o MPMS, o caráter beneficente do sorteio teria sido usado para potencializar lucros.

Conforme ação civil pública com pedido de liminar apresentada pelo promotor Daniel do Nascimento Britto, da 1ª Promotoria de Justiça local, o prefeito, que é empresário do ramo automobilístico, promoveu o sorteio do carro mediante uma rifa. Ele teve ajuda da esposa. Consta que, por meio de anúncios em suas redes sociais, alegou que os fundos arrecadados seriam destinados a entidades assistenciais, gerando grande mobilização.

De acordo com a ação, foi constatado que o valor de cada bilhete da rifa era de R$ 30 e as informações são de que aproximadamente 10 mil números foram vendidos por meio de Pix para a conta da esposa, totalizando os R$ 300 mil da ação.

Ocorre que, de acordo com o MPMS, o próprio prefeito disse que o Opala, ano 1979, valia em média de R$ 80 a R$ 100 mil. Assim, o promotor acredita que tudo não tenha passado de uma cortina de fumaça a fim de acobertar a verdadeira intenção de Juliano e sua esposa, que era aumentar os ganhos com o sorteio do automóvel.

Acordo judicial

Na época, pelas redes sociais, o prefeito esclareceu a polêmica sobre a rifa entre amigos do sorteio de um Opala. Ele informou que já entrou em acordo com a Justiça e irá doar o valor arrecadado para seis instituições carentes. Conhecido como Juliano Ferro, teve os bens bloqueados por lucro de R$ 300 mil com a venda de números da rifa.

Através de uma live, Juliano disse que não sabia da irregularidade da rifa e que foi orientado pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). Ele negou que lucraria o valor arrecadado.

“Quero agradecer a Justiça de Ivinhema que nos alertou que estávamos fazendo algo ilegal e sem conhecimento. Não estou usando instituição de caridade para me prevalecer. Sempre ajudei as pessoas e vou continuar. Uma rifa dessas arrecadou R$ 300, tirava R$ 80 mil e sobrava R$ 220 mil de lucro, não usamos, não é da minha índole”, disse.

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