Vereadores de Maracaju não acreditam em empresa chinesa e pedem retomada de área milionária
BBCA tem nova oportunidade de empreender em área milionária doada pelo município
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Em meio ao ultimato dado pela prefeitura de Maracaju à BBCA Brazil sobre as terras de R$ 3 milhões doadas para a empresa, vereadores do município apoiam a retomada da área. Os vereadores da cidade, a 164 quilômetros de Campo Grande, afirmaram em sessão ordinária que não acreditam na empresa chinesa.
“Se até hoje eles não conseguiram se viabilizar, não vai ser agora que vão conseguir uma nova oportunidade e vão conseguir”, afirmou o vereador Oseias Rodrigues (Republicanos). Para ele, a empresa “somente usou de má-fé” e não conseguiu entregar o mais importante para o município: geração de renda.
Ele destacou ser “muito importante a posição do nosso vice-prefeito frente aos chineses na reunião” em que foi dado o ultimato para a BBCA. Para Oseias, “muitas empresas ou até mesmo produtores da nossa região têm capacidade de investir lá e de realmente gerar bons frutos”.
No mesmo sentido, o vereador Laudo Sorrilha (PSDB) disse que “não temos mais que ficar conversando com chinês, temos que usar as vias legais e reverter esse terreno para o município de Maracaju”. Procurado pelo Jornal Midiamax, optou por dar o parecer sobre o assunto durante sessão ordinária da Câmara.
“Nunca acreditei nas promessas desses chineses, várias reuniões foram feitas, muitas dúvidas surgiram na época e poucas delas foram sanadas”, destacou. Entre os questionamentos para a empresa estrangeira, disse estarem questões ambientais. “Eles sempre diziam que a lei ambiental deles era mais apertada e rígida do que a lei brasileira”, lembrou.
No entanto, afirmou que a rigidez não foi aplicada ao negócio com a cidade. Assim, pede que o terreno seja retomado pelo município e a realização de uma “reunião entre os vereadores, entre a comunidade e ver o que vai ser feito nessa área lá”.
“A gente sabe que é uma área retirada da cidade e nós poderíamos vender essa área, fazer um novo loteamento para uma comunidade mais carente”, propôs. Ele finalizou dizendo que o município poderia tentar empreender com uma empresa nacional na área.
Novo projeto e ultimato
Após a reunião com o executivo de Maracaju, a BBCA tem nova oportunidade de fixar empreendimentos na área milionária doada pelo município. Segundo o presidente da Câmara Municipal, vereador Robert Ziemann (PSDB), a empresa chinesa vai apresentar um novo projeto que será analisado pelos vereadores e Conselho Municipal.
“A empresa vai estar apresentando um projeto novamente, tentando viabilizar a implantação dela em Maracaju”, anunciou em sessão ordinária virtual. Assim, o vereador disse que a proposta será analisada pelo Conselho e “da mesma maneira vai ser encaminhado para a Câmara Municipal, que pode ou não aprovar”.
Conforme a Comissão Permanente de Avaliação de Imóveis, o terreno doado em 2015 pela prefeitura de Maracaju vale exatos R$ 3,07 milhões. Em contrapartida, a empresa chinesa afirmou que investiria R$ 2 bilhões na cidade, levando movimentação econômica para o município.
Agora, o município cobra ações imediatas quanto à instalação da fábrica em área doada. Segundo o município, medidas drásticas serão tomadas — como a possibilidade de reaver o espaço doado —, caso a empresa chinesa não cumpra com a Lei de Incentivos Fiscais.
Doada há seis anos para a BBCA Brazil, área rural de Maracaju sofreu valorização com o passar do tempo e pode valer R$ 10 milhões. O valor atual das terras foi estimado pelo prefeito Marcos Calderan (PSDB), que tenta retomar a posse das terras no município.
“Fizemos uma reunião presencial com representantes da BBCA, onde informamos da retomada da área, já que não cumpriram com projeto e prazo estipulados no contrato”, lembrou.
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