Negócio bilionário não alavancou e prefeitura dá ultimato para retomar área de R$ 3 milhões em Maracaju

Área foi doada em 2015 para empresa chinesa que previa investimento de R$ 2 bilhões na cidade

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A área possui construções
A área possui construções

A prefeitura de Maracaju deu ultimato para a BBCA Brazil, que recebeu área de R$ 3 milhões para negócio bilionário que não vingou no município, a 164 quilômetros de Campo Grande. O município pretende retomar o terreno milionário doado para a empresa chinesa, caso não apresente ações imediatas para cumprir o acordo.

Conforme a Comissão Permanente de Avaliação de Imóveis, o terreno doado em 2015 pela prefeitura de Maracaju vale exatos R$ 3,07 milhões. Em contrapartida, a empresa chinesa afirmou que investiria R$ 2 bilhões na cidade, levando movimentação econômica para o município.

Agora, o município cobra ações imediatas quanto à instalação da fábrica em área doada. Segundo o município, medidas drásticas serão tomadas — como a possibilidade de reaver o espaço doado —, caso a empresa chinesa não cumpra com a Lei de Incentivos Fiscais.

“Cobramos solução imediata para esse imbróglio que se arrasta por anos, trazendo prejuízos ao município que apostou nesta empresa como geradora de emprego e renda para nossa gente”, disse o prefeito Mauro Christianini (PSBD). Ele afirma que a Câmara de Vereadores e o Conselho de Desenvolvimento concordam com as definições do município para cumprimento do acordo fechado em 2014 com a empresa.

Ele afirma que o município tomará “medidas mais drásticas e definitivas, inclusive exigimos que seja cumprido o que foi acordado em 2014 quando a empresa apresentou seu plano de trabalho”.

Negócio que não alavancou

Foi na gestão do prefeito Maurílio Azambuja (PSDB) que a lei nº 1.852/2015 assinada após aprovação da Câmara Municipal. O texto trouxe a desafetação e alienação por doação de 102,3385 hectares da Fazenda Santa Rosa – Gleba B à BBCA Brazil.

Entre as obrigações da empresa, estava o início das obras da fábrica em 90 dias, com término em 24 meses. Apesar de construir 30 alojamentos para trabalhadores e dois armazéns, a empresa postergou a entrega da fábrica de amido desde 2018.

O prazo já foi adiado para 2019, 2020 e o último pedido previa que a indústria iria entrar em operação em 2021. Em outubro de 2020, relembrar o ‘negócio milionário’ era sinônimo de ‘frustração’ para nomes do Governo do Estado.

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