Em reunião com o presidente do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), desembargador Paschoal Carmello Leandro, o sócio-fundador do Jornal Midiamax, Carlos Naegele, discutiu o combate à desinformação nas Eleições de 2022.

O encontro, na tarde desta segunda-feira (22), na sede do TRE-MS em Campo Grande, ocorreu depois que criminosos utilizaram o nome do Jornal Midiamax para tentar espalhar uma campanha de desinformação e ataque político.

Na segunda-feira (22), o TRE-MS realizou reunião com as Forças Armadas para alinhar os métodos de segurança que serão utilizados nas Eleições de 2022. O presidente do Tribunal destacou o compromisso da Justiça Eleitoral em realizar eleições democráticas.

“Devemos assegurar a igualdade de condições entre os candidatos na disputa eleitoral e proteger a normalidade e a legitimidade do pleito, refletindo com exatidão a escolha livre do eleitor”, afirmou o desembargador Paschoal Leandro.

Segundo Carlos Naegele, a audácia dos criminosos é preocupante. “Precisamos nos mobilizar para não deixar impunes esses criminosos, que tentam usar a credibilidade do Jornal Midiamax para enganar os leitores. Se não nos posicionarmos agora, o que podemos esperar dessas eleições?”, questionou.

Por isso, foi até o gabinete do presidente do TRE-MS para conversar sobre o combate à desinformação e dispôs de espaço no Jornal Midiamax para ações que promovem a segurança das eleições deste ano. Naegele lembrou que o veículo de comunicação cobre eleições desde 2002 — ano em que foi criado o jornal — e mantém políticas que garantem a veracidade dos fatos noticiados aos leitores e eleitores.

Foto: Nathalia Alcântara / Jornal Midiamax.

Recompensa contra fake news para ajudar investigações

Em 13 de agosto, circulava em mensagens do aplicativo WhatsApp link de página que usa o nome e a marca do Jornal Midiamax para espalhar um texto apócrifo com ataques contra o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), o pré-candidato do PSDB a governador, Eduardo Riedel, e servidoras estaduais.

O texto, com o título “Escândalos sexuais chegam a Azambuja e Riedel”, não foi produzido nem publicado em momento algum pelo Jornal Midiamax. Além disso, não é uma notícia e espalha rumores aparentemente sem qualquer tipo de apuração jornalística.

Para identificar os autores da campanha de desinformação que tenta usar a credibilidade do jornalismo praticado pelo Midiamax, o jornal levou o caso à Polícia Civil, que registrou a ocorrência e iniciou as investigações.

Para ajudar a reunir evidências que levem até os autores dos crimes, o Jornal Midiamax ofereceu recompensa de R$ 100 (cem reais) aos primeiros 50 leitores que enviassem prints comprovando terem recebido o link para a notícia falsa diretamente de alguém, sem ser um reencaminhamento.

No total, foram mais de 20 evidências coletadas com pagamento da recompensa aos leitores que ajudaram.

Investigações para chegar aos autores

Em 16 de agosto, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul recebeu as pistas telemáticas que vão ajudar a encontrar a origem da campanha de desinformação. O uso do nome e da marca do Jornal Midiamax na página falsa é crime.

Decisão publicada em 15 de agosto, assinada pelo desembargador Vladimir Abreu da Silva, do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), determinou a retirada imediata do ar de link para página que usou o nome e a marca do Jornal Midiamax para espalhar texto apócrifo.

Nesta segunda-feira (22), o TRE-MS determinou que seis grupos de WhatsApp removam a nota que usou o nome do Jornal Midiamax e se abstenham de publicar novas postagens do conteúdo, sob pena de R$ 10 mil para não remoção e de R$ 15 mil caso postem novamente. A decisão foi publicada e assinada pelo desembargador Vladimir Abreu da Silva.