Deputado classifica feminicídios em MS como epidemia e diz que números são alarmantes

Em apenas 39 dias, nove mulheres foram torturadas e mortas no Estado

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Deputado estadual Pedro Kemp (PT)
Deputado estadual Pedro Kemp (PT)

Verdadeira epidemia. Assim, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) classificou os feminicídios ocorridos nos primeiros meses do ano, em Mato Grosso do Sul. Em apenas 39 dias, nove mulheres foram torturadas, estupradas ou esfaqueadas, sendo brutalmente assassinadas.

O deputado afirmou durante sessão remota, que até a última terça-feira (8), o intervalo entre um feminicídio e outro foi em média quatro dias. “A cada quatro dias uma mulher está sendo assassinada em Mato Grosso do Sul. Esse é um dado extremamente preocupante, uma situação muito grave, que deve nos preocupar e nos mobilizar. O número é 80% superior ao registrado no mesmo período em 2021”, disse

O parlamentar destacou ainda, os requintes de crueldade em que as mulheres têm sido mortas. “É uma verdadeira epidemia, pois se olharmos os registros na Casa da Mulher Brasileira, vamos ver números alarmantes. Essa cultura patriarcal, que ainda é muito forte, a misoginia, o machismo, muito presente ainda nas relações sociais, que acabam fazendo da mulher vítima da violência e do feminicídio”.

Segundo Kemp, é necessário que o Estado tenha políticas públicas eficazes, para enfrentar de forma preventiva e punitiva.

O deputado Rinaldo Modesto (PSDB) concordou com o colega e disse se envergonhar da situação. “Nos entristece e nos envergonha como homens, pois aquele que prometeu amar e respeitar não o faz”. 

Conforme Barbosinha (DEM) não basta punir. “Esse é tema que angustia e ao longo dos anos o aumento da pena por si só não tem conseguido desestimular os crimes. Pesquisas mostram que as armas brancas são as mais utilizadas e os homens agem com extrema crueldade”.

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