Briga por fim de Carnaval entre vereadores não deve chegar à Câmara Municipal, diz Carlão

Tiago Vargas não gostou de publicação da colega Camila Jara e protocolou pedido de apuração na Câmara Municipal

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Vereadora Camila Jara (PT) e vereador Tiago Vargas (PT)
Vereadora Camila Jara (PT) e vereador Tiago Vargas (PT)

Mesmo depois do fim, o Carnaval ainda é motivo de rusgas na Câmara Municipal de Campo Grande. O vereador Tiago Vargas (PSD) chegou a entregar ofício, que seria destinado à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa de Leis, contra a vereadora Camila Jara (PT), pela crítica que ela fez à ação de policiais que encerraram uma festa em que estava no domingo (27).

No entanto, o presidente Carlos Augusto Borges, conhecido como Carlão (PSB), diz que nada foi protocolado oficialmente e, se for, será ‘arquivado na hora’. Segundo ele, pedido como este não tem cabimento. Afirma também que, até agora, apenas um ofício teria sido entregue em mãos por Tiago Vargas ao chefe de gabinete e, quando existe este tipo de situação, a regra é enviar via protocolo. 

“Na Câmara, não foi protocolado nada, nenhum pedido de investigação contra Camila Jara, até porque não cabe isso. Se chegar, eu mando arquivar na hora. Não cabe. Diz que ele [Tiago Vargas] entregou um ofício para o chefe de gabinete, mas eu desautorizei receber em mãos, tem que ser via protocolo, oficial”, afirma Carlão.

Como começou

Em postagem em sua rede social nesta semana, Camila Jara disse que a Polícia Militar e o Batalhão de Choque chegaram ‘fortemente armados’ na festa chamada Farofolia e fecharam o evento por ‘pura homofobia’. Para Tiago Vargas, que também ‘respondeu’ o episódio em sua conta, no entanto, a situação foi usada pela colega de parlamento para ‘tecer críticas ao trabalho da Polícia Militar’.

O vereador defende que a atuação da PM não foi pejorativa ou discriminatória e que o encerramento aconteceu porque havia 400 pessoas no local, sem disponibilização de álcool em gel ou orientações quanto aos protocolos adotados por causa da pandemia de Covid-19.

Por isso, Tiago Vargas protocolou documento para que a conduta de Camila Jara, em relação aos policiais que fiscalizaram e encerraram a festividade, seja investigada pela Comissão de Ética da Câmara Municipal.

Em nota, a vereadora disse estar tranquila e ciente do papel de defender as minorias e que, qualquer tentativa de intimidação, é ‘motivada muito mais por fins eleitoreiros do que pela defesa dos interesses legítimos do povo’. “A voz da comunidade LGBTQIA+ precisa ser ouvida. No evento Farofolia CG foram cumpridos os protocolos de biossegurança, os mesmos exigidos em todos os outros eventos que têm ocorrido na cidade”.

Para ela, é fraca a alegação de que o encerramento da festa foi determinado devido às pessoas entrarem no ambiente sem passar álcool nas mãos. “Campo Grande está com praticamente 73% da população com ciclo vacinal completo. Vacinação esta que sempre estimulamos e incentivamos, pois sabemos da importância para a redução de casos graves e mortes”.

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