‘Prefeitura fez sua parte, mas tão importante quanto é o cidadão evitar contato’, diz vereador

Professor André Luís também apontou que travas na legislação impedem a adoção de outras medidas para enfrentamento da pandemia.

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Greve
Vereador Professor André Luis (Rede).

O vereador Professor André Luís (Rede) afirmou apoiar a antecipação de feriados em Campo Grande, previstos até o mês de setembro, para a próxima semana. Porém, também cobrou participação da sociedade nas medidas de combate ao coronavírus e apontou que outras ações visando o enfrentamento à pandemia acabam engessadas pela legislação brasileira.

A transferência dos feriados foi aprovada em sessão extraordinária na tarde desta sexta-feira (19). A medida, que substitui o lockdown, foi recebida com menos resistência pela classe empresarial, diante da possibilidade de negociar os pagamentos dos dias com os funcionários. A Prefeitura de Campo Grande ainda negocia com o Governo do Estado a antecipação do feriado de 11 de outubro com o mesmo fim.

“Entendo a medida da prefeitura como uma evolução, é importante, mas exige uma discussão mais profunda. Acho que o problema que acontece em Campo Grande ocorre em todo o Brasil: nossa legislação é muito amarrada em direitos e isso implica uma discussão mais profunda”, sustentou André Luís.

A afirmação, explicou ele, deve-se ao fato de que não é possível avançar com discussões mais profundas das medidas de combate à pandemia por freios impostos pelas leis. Como exemplo, ele citou proposta envolvendo a redução dos salários de servidores que ganham mais de 4 salários mínimos como forma de compensação.

“Isso não tem amparo constitucional. E é difícil fazer algo eticamente correto sem passar pelo crivo individual”, afirmou o vereador da Rede, desta vez referindo-se à adesão da própria sociedade às medidas de distanciamento social –ferramenta mais defendida até aqui para evitar o alastramento da Covid-19.

“A prefeitura faz sua parte, mas é tão importante quanto que o cidadão evite o contato e faça o isolamento social”, afirmou. “O cidadão não está sendo colaborativo. Ele acha normal [a presença do vírus]. Temos uma sociedade civil pouco consciente de sua responsabilidade. Isso acontece no Brasil e reflete na pandemia”.

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