Com Nelsinho Trad cotado para assumir pasta, Bolsonaro descarta reforma ministerial

Nome do senador de Mato Grosso do Sul foi ventilado para comandar Ministério do Desenvolvimento Regional, mas Bolsonaro negou reforma.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse há pouco, em entrevista para a TV Bandeirantes, que não vai promover uma reforma ministerial neste início de ano. A declaração se dá em meio a articulações pós-eleições do Congresso, que apontam para a indicação do senador Nelsinho Trad (PSD-MS) ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

Ao descartar uma reforma, Bolsonaro disse que a única troca prevista no primeiro escalão é a ida de Onyx Lorenzoni para a Secretaria-Geral da Presidência. Atualmente, Onyx ocupa o Ministério da Cidadania.

“Não existe isso aí [reforma ministerial]. O parlamento tem responsabilidade, sabe como está o Brasil. Não é hora de trocar ninguém agora por interesse político”, disse o presidente.

Na semana passada, a Folha de S. Paulo revelou que Nelsinho Trad é o favorito de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para assumir o Ministério do Desenvolvimento Regional. O amapaense saiu fortalecido da eleição para a presidência do Senado, quando fez seu sucessor, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – apoiado por Bolsonaro.

Mais próximo do presidente, Alcolumbre passou a ser sondado para assumir uma pasta federal. Mas o democrata deve assumir a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e, assim, evitaria colar de vez sua imagem a de Bolsonaro. Daí o arranjo pela indicação de Nelsinho Trad ao ministério.

O atual ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, não sairia de mãos vazias. Ele tem o prestígio de Bolsonaro, que aproveitou a entrada do político potiguar no Nordeste para excursionar pela região no ano passado.

O Ministério do Desenvolvimento Regional é uma das pastas-chave do governo federal, uma vez que centraliza ações e investimentos em obras públicas de infraestrutura no País.

Nelsinho Trad é senador por Mato Grosso do Sul desde 2019. Seu primeiro suplente é José Chagas.

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