Estudante bolsonarista de Campo Grande recebeu diária para ir a protesto, diz revista
Bolsista pelo Sinajuve (Sistema Nacional de Juventude) – programa vinculado à Secretaria Nacional de Juventude, do Ministério dos Direitos Humanos do Governo Federal – o estudante Melquisedeque Sant’ana, de 23 anos, teria recebido diárias pagas com dinheiro público para participar do protesto extremista 300 pelo Brasil, em 31 de maio. A informação foi divulgada pelo […]
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Bolsista pelo Sinajuve (Sistema Nacional de Juventude) – programa vinculado à Secretaria Nacional de Juventude, do Ministério dos Direitos Humanos do Governo Federal – o estudante Melquisedeque Sant’ana, de 23 anos, teria recebido diárias pagas com dinheiro público para participar do protesto extremista 300 pelo Brasil, em 31 de maio. A informação foi divulgada pelo colunista Guilherme Amado, da Revista Época.
Melquisedeque é monitor do programa desde abril e tem contrato até março de 2021, além de recebe bolsa de R$ 1,2 mil para levantar dados sobre as unidades de juventude que aderirem ao Sinajuve e disseminar informações sobre o Sinajuve no Estado. Pelo trabalho está previsto também o pagamento de diárias, incluindo a viagem feita a Brasília (DF) onde participou do ato em frente ao STF. Do movimento resultou a prisão da extremista Sara Geromini, acusada de disparar fogos de artifício em direção ao Supremo.
“Estive sim na manifestação de tochas no Supremo, junto a 300 e Sara. Não foi nada nazista como o pessoal falou. Não foi por confronto, mas por mostrar o nosso luto pelo país. Até onde eu sei, não sou alvo do STF. O processo corresponde ao segredo judicial. A gente não sabe, né? “, disse o blogueiro sobre o episódio.
Ele confirmou ainda ter estado no local considerado acampamento do grupo vinculado ao protesto extremista. “A chácara não tinha nada demais, era um local para o pessoal tomar banho. Estive lá uma vez. Eu dou suporte mais no acampamento em frente ao Ministério da Agricultura”, disse, conforme relatou a revista.
Pagamentos de passagens e despesas referentes ao episódio ainda não foram disponibilizados no Portal da Transparência do Governo Federal. Até o momento, consta apenas o pagamento de R$ 2,7 mil em diárias por 11 dias nos quais participou de Conferência Nacional da Juventude, em Brasília.
À Revista Època, a Secretaria Nacional da Juventude não comentou a participação de um bolsista bancado com dinheiro público no protesto, e respondeu apenas que a concessão da bolsa ocorreu “dentro da regularidade e atendeu a especialistas técnicos”.
O estudante pretende disputar o cargo de vereador na Capital pelo Partido Republicanos.
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