Início de ano eleitoral e nomes prováveis para disputa da Prefeitura de Campo Grande já são ventilados, inclusive desde 2019, quando alguns falaram abertamente da intenção de disputar o Paço Municipal.

No caso do atual chefe do Executivo Municipal, Marquinhos Trad (PSD) tentará a reeleição neste ano, apesar de não comentar o assunto e dizer que só se pronunciará sobre eleições a partir de abril. Contudo, as discussões são, desde o ano passado, em torno do nome do candidato a vice-prefeito e até o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, em visita na Capital, disse que o foco do partido é reeleger Marquinhos.
Candidato ao Senado do PSDB, em 2018, Marcelo Miglioli foi para o SD e anunciou a intenção de ser candidato a prefeito em Campo Grande. Ele foi, durante o primeiro mandato do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), secretário de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul.

O PDT é outro partido que fala sobre intenção de disputar. O presidente do partido, em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Dagoberto Nogueira, disse em agosto que poderia ser ele o nome da legenda no pleito eleitoral.

Absolvido em junho passado, o ex-senador Delcídio do Amaral já não estava mais no PT e entrou no PTB, legenda que preside agora. Apesar de não falar sobre o assunto e afirmar que decidirá no tempo certo, correligionários de seu partido falam que ele tem tudo para ser o candidato a prefeito.
Presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson quer o ex-senador como postulante, afirmou em novembro o deputado Neno Razuk (PTB). No dia da convenção, em setembro passado, Delcídio disse que estava dando vontade de concorrer à Prefeitura de Campo Grande. O grande problema é que, apesar de ter sido absolvido de suas acusações no TRF1 (suspeita de obstrução da Lava-Jato), o ex-senador está inelegível. Ele só poderia encarar as eleições se conseguisse reverter a decisão do Senado Federal, que o cassou.

Outro nome que já foi ventilado é do deputado Renan Contar (PSL). Em reunião do partido feita em agosto, o parlamentar disse não ter medo de nenhuma guerra, quando indagado sobre possível candidatura. O deputado federal Loester Trutis disse na mesma ocasião que Contar como candidato a prefeito é “desejo pessoal dele” e da senadora Soraya Tronicke, que preside o partido em Mato Grosso do Sul.
O PP, hoje comandado no Estado pelo deputado Evander Vendramini, citou o nome do presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, recém-chegado no partido, como possibilidade na disputa. Contudo, o próprio dirigente disse que não tem sede de poder e que seu papel dentro da legenda pode ser o de articular outro nome.

Em evento estadual também em novembro, o Republicanos foi outro partido que se adiantou e lançou o nome de Wilton Acosta, como pré-candidato a prefeito da Capital, nas eleições de 2020.
Já o PSDB, partido do governador Reinaldo Azambuja, não manifestou até agora um nome para encabeçar a disputa pela Prefeitura de Campo Grande – a expectativa era de que o partido indicasse o nome que ocupará o cargo de vice na chapa de Marquinhos Trad (PSD). Porém, esse futuro segue nebuloso, uma vez que o PSDB nacional, comandado por Bruno Araujo, determinou que a sigla tenha candidato próprio em todas as cidades do país com mais de 100 mil eleitores. Cenas do próximo capítulo.
*após a publicação do texto, o Novo anunciou Guto Scarpanti como pré-candidato a prefeitura de Campo Grande pelo partido, sendo o oitavo nome na corrida eleitoral de 2020. Além disso, o PT também entrou em contato com a reportagem para confirmar o nome de Pedro Kemp como pré-candidato do partido.