Câmara de Vereadores decide cassar prefeito de Bandeirantes e vice assume até dezembro

A Câmara Municipal de Bandeirantes, 68 quilômetros de Campo Grande, cassou o prefeito Álvaro Urt (DEM), por 8 votos favoráveis contra 1, nesta terça-feira (29). Aberta no fim de junho de 2020, a comissão processante foi criada a partir da Operação Sucata Preciosa, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A Câmara Municipal de Bandeirantes, 68 quilômetros de Campo Grande, cassou o prefeito Álvaro Urt (DEM), por 8 votos favoráveis contra 1, nesta terça-feira (29). Aberta no fim de junho de 2020, a comissão processante foi criada a partir da Operação Sucata Preciosa, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investigou emissão de notas fiscais frias no serviço de manutenção da frota de veículos.

No lugar do prefeito agora cassado, ficará o vice-prefeito Luiz Meira (Patriota), cuja posse no cargo deve ocorrer ainda nesta manhã. Álvaro deixa o mandato a 47 dias da votação das eleições 2020, quando disputará reeleição. O vice, que se tornará prefeito, permanecerá no cargo por 93 dias, já que o chefe do Executivo que for eleito em novembro, assume o comando da gestão em janeiro de 2021.

Em sessão transmitida nas redes sociais, os vereadores de Bandeirantes ouviram o relatório de Eugênio Fernandes (PSDB), vice-presidente da Câmara Municipal. Ele concluiu que Álvaro se omitiu e negligenciou medidas para defesa de “bens, renda, e interesses” da administração municipal, após tomar conhecimento de que havia problemas nos contratos.

Ainda, procedeu “de modo incompatível com a dignidade e decoro do cargo”. O relator comentou que a operação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, órgão que abrange o Gaeco, apontou crimes por parte dos servidores e secretários, por esquema de emissão de notas frias de manutenção dos veículos, que nunca teria sido feita, mas paga pela administração pública.

Votaram a favor da cassação os parlamentares: Adão de Oliveira (MDB), Celso Arantes (PL), Cristiano Lezisaamon (PSDB), Eugênio Fernandes Junior (PSDB), Jair Pereira (PSB), Jeovane Felix (presidente da Câmara, do PSB), Luiz Fernando Sauer (PSD) e Welton Borges (PT). Único que votou contra foi Mario Souza (Patriota).

Mais cedo, Álvaro Urt afirmou ao Jornal Midiamax que as denúncias são improcedentes e que a comissão aberta na Câmara Municipal, a poucos meses do fim do mandato e em ano eleitoral, tem cunho político. Ele esteve na sessão nesta terça-feira e se defendeu diante dos parlamentares.

Depois de declarar a cassação, o presidente Jeovane Félix convocou os parlamentares para permanecerem no plenário e darem sequência à posse de Luiz Meira como prefeito.

Conteúdos relacionados

cassilândia