Sem reajuste, sindicatos dos servidores estaduais querem nova rodada de negociações
Sem reajuste salarial aprovado pelo Governo do Estado, os sindicatos dos servidores estaduais de Mato Grosso do Sul pedem novas reuniões para debater o aumento. De acordo com os representantes dos sindicatos, os servidores estão há mais de dois anos sem reajustes tributários garantidos pela legislação. Nesta quarta-feira (13), foi aprovada a prorrogação do abono […]
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Sem reajuste salarial aprovado pelo Governo do Estado, os sindicatos dos servidores estaduais de Mato Grosso do Sul pedem novas reuniões para debater o aumento. De acordo com os representantes dos sindicatos, os servidores estão há mais de dois anos sem reajustes tributários garantidos pela legislação.
Nesta quarta-feira (13), foi aprovada a prorrogação do abono salarial de R$ 200 para os servidores estaduais de MS. O presidente do Sindetran-MS (Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Octacílio Sakai, considera que o abono “não é nada mais do que a obrigação do governador”.
Sakai afirma que os R$ 200 foram garantidos por meio de promessa em 2019. “Ele [Reinaldo Azambuja] tinha falado que iria dar o abono salarial para o servidor, porque naquela época ele não poderia dar o reajuste salarial para os servidores”. O presidente do Sindetran-MS lembra que o governador “tinha prometido ainda que iria incorporar [o reajuste inflacionário], coisa que ele não fez até hoje”.
Visando a categoria, Sakai espera que a prorrogação não seja vista como o fim das negociações. “A gente tem esperança de que não foram encerradas as tratativas ainda, que a gente está aberto ao diálogo, para ter um estado mais forte e ser valorizado”.
Para o representante do Fórum dos Servidores Públicos do Estado e presidente do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhos em Seguridade Social em MS), Ricardo Bueno, as reivindicações dos servidores estaduais não foram acatadas pelo governo. “Não demos as negociações como encerradas”, afirma.
Bueno calcula que o acumulo de reajustes salariais que não foram feitos chegue a 24%. “A gente não abre mão dessa questão do reajuste, eles tem que fazer uma conversa com a gente, não dá para simplesmente falar que nós não teremos um reajuste”.
O presidente da Aspra (Associação dos Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros), Eduardo Ferreira, ressalta que as categorias representadas pela associação estão há mais de cinco anos sem receber aumento do salário. “Entendemos que o cenário da pandemia de Covid-19 tem deixado vários seguimentos da sociedade parado e isso reflete na economia mundial, nacional e estadual porém não podemos ser refém de uma política de desvalorização salarial”.
Nova rodada de negociações
Ferreira lembra que a Aspra foi para reunião, do dia 11 de abril, com a expectativa de que o Governo atendesse os pedidos dos militares. Ele destaca que são “carreira essencial no combate a criminalidade, na proteção dos profissionais da saúde nas barreiras sanitárias, na orientação das pessoas para atenção e prevenção contra o Covid-19”.
Para o presidente da associação, a categoria está “vivendo sem perspectivas, pois direitos como revisão geral salarial que é maio e promoções estão atrasadas e sem previsão de quando irá ser efetivada”. Ferreira garante que a Aspra pretende realizar um novo encontro para retomar as tratativas, a associação almeja falar “com o próprio Governador”.
O presidente do Sintss, Ricardo Bueno, afirma que está aguardando “uma resposta do secretário Édio Viegas, que prometeu uma reunião com a categoria”. No encontro, Bueno pretende lembrar do ofício entregue com as reivindicações.
Entre elas estão o reajuste salarial, revisão na comissão de insalubridade durante o período da pandemia, adicional do SUS, que segundo o presidente está congelado há mais de cinco anos, e os plantões extras. Bueno explica que estes plantões “estão sendo muito utilizados nesse momento, e tenho certeza que vai ser mais utilizado, já que começaram a aumentar os casos do interior e vão vir tudo para o regional e o plantão está sem reajuste a mais de seis anos”.
O prazo de espera do sindicato será de uma semana, caso não haja retorno das negociações, Bueno afirma que os servidores começarão a se manifestar. “Se ele não resolver até semana que vem a gente começa a fazer manifestos, vamos ver alguma maneira de fazer manifestações no hospital, a gente vai para o pátio, fica distante, mas a gente não vai aceitar simplesmente ele falar que não tem reajuste”, garante o presidente do Sintss
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