‘Uso irônico diminui parlamentar’, diz Rocha sobre projeto de Vinícius Siqueira

Presidente da Câmara de Campo Grande, o vereador João Rocha (PSDB) disse nesta terça-feira (19) que o uso de ferramentas do Legislativo para fazer ironia acabam diminuindo os parlamentares. A crítica aconteceu após o vereador Vinícius Siqueira (DEM) fazer uso do projeto de lei para solicitar a alteração do nome do Terminal Guaicurus para ‘Terminal […]

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Presidente da Câmara Municipal
Presidente da Câmara Municipal

Presidente da Câmara de Campo Grande, o vereador João Rocha (PSDB) disse nesta terça-feira (19) que o uso de ferramentas do Legislativo para fazer ironia acabam diminuindo os parlamentares. A crítica aconteceu após o vereador Vinícius Siqueira (DEM) fazer uso do projeto de lei para solicitar a alteração do nome do Terminal Guaicurus para ‘Terminal Marquinhos Trad Guaicurus’, por conta de suspensões de multas contratuais com o Consórco Guaicurus.

“Não quero falar do colega em si, mas de modo geral o vereador tem ferramentas sérias para trabalhar, como o projeto de lei. Temos que ter dimensão da importância do mandato, quando dispomos de ferramentas para poder usar e exercê-lo, como os requerimentos, indicações, moções e os projetos. Quando alguém faz sátira, acho que estamos desrespeitando essas ferramentas”, opinou.

Quanto ao projeto, a Casa precisa recebê-lo. “Observei que o projeto foi encaminhado sem justificativa, que é um dos requisitos para tramitar”, ponderou. Neste caso, a proposta nem tramita, mas é registrada na Câmara e analisada porque foi protocolada.

Manifesto

O vereador Vinícius Siqueira (DEM) fez uso inusitado nesta terça-feira (19) da tribuna da Câmara de Campo Grande e  encenou o uso do spray de pimenta pela Guarda Municipal na última sexta-feira no Terminal Morenão ao discursar sobre o protesto de trabalhadoras. Os vereadores reagiram, classificando a atuação como ‘desnecessária’ e também criticaram projeto apresentado pelo parlamentar solicitando alteração do nome do Terminal Guaicurus para ‘Maquinhos Trad Guaicurus’.

O spray era, na verdade, um desodorante sem cheiro, segundo explicou Siqueira. “Além de descumprir o contrato, o Consórcio Guaicurus age desta forma”, pontuou. Líder do prefeito na Casa, Chiquinho Telles (PSD) pediu a parte e acusou o vereador de querer misturar ataques políticos com resolução de problemas ao fazer a encenação e apresentar um projeto de lei com pedido de urgência.

“O prefeito Marquinhos Trad foi o primeiro a multar o Consórcio, mas parece que o vereador Siqueira só está disposto a fazer acusações. Se tiver uma CPI, tem que ser na base de fatos e não de discursos eleitoreiro. Isso de jogar spray na cara dos vereadores, eu jamais faria”, disse Telles.

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