Vereadores debatem autorização da Agetran que deixa quase metade dos ônibus parados
Os vereadores de Campo Grande voltaram a debater nesta quinta-feira (27) sobre o contrato do Consórcio Guaicurus, empresa que gere o transporte coletivo urbano de Campo Grande, e questionar a situação dos ônibus estarem parados próximos aos terminais. Autor do pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Ônibus, o vereador Vinícius Siqueira […]
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Os vereadores de Campo Grande voltaram a debater nesta quinta-feira (27) sobre o contrato do Consórcio Guaicurus, empresa que gere o transporte coletivo urbano de Campo Grande, e questionar a situação dos ônibus estarem parados próximos aos terminais.
Autor do pedido de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Ônibus, o vereador Vinícius Siqueira (DEM) atribuiu possível irregularidade no pagamento da chamada ‘quilometragem morta’, que é o percurso que os veículos do transporte coletivo fazem vazios das garagens aos terminais, e que é pago pela Prefeitura.
Na visão do democrata, a quilometragem morta não deveria estar sendo cobrada, já que não tem sido utilizada, pois os ônibus não voltam para a garagem após circular, mas ficam parados próximos aos terminais. “Por que está pagando se não está prevista no contrato?”, questionou o vereador ao fazer uso da tribuna, durante sessão na Câmara.
“Se existe no convênio o consórcio a levar os veículos as garagens para recolher e o consórcio não está fazendo isso, ele está sendo beneficiado. Isso pode ser fraude de licitação”, explicou ao lembrar que existe no contrato uma previsão de quilometragem morta, que significa o caminho dos ônibus até os terminais. A argumentação vinda da Agetran explicando que metade da frota ficam parada por questões de economia, foi considerada “plausível” na visão do vereador.
Durante a sessão, foi divulgado também alguns números pagos pelo consórcio referente as quilometragens no mês de abril que atingiram os R$ 3,3 milhões. Porém, em junho, o pagamento foi um tanto diferente do que estava programado, que era de R$ 3,454 milhões, mas que foi pago R$ 3,459 milhões.
O questionamento do vereador democrata foi reforçado pelo presidente da Comissão de Transporte da Câmara, Junior Longo (PSB). Segundo o pessebista, o que entra na conta é a quilometragem realizada e não a programada. “Se não é usada, não é paga”, afirmou.
Otávio Trad (PTB) afirmou que conversou com seu companheiro de Casa e que um dos temas abordados foi a questão da CPI dos Ônibus, proposta na última terça-feira (25) por Vinícius Siqueira. Em referência a quilometragem, o vereador explicou que algumas questões estariam descritas na Ordem de Serviço. “A ordem de serviço diz como deve ser a viagem, mas não o que é pago necessariamente. A ignorância às vezes causa discórdia”, pontuou o Trad.
Embora tenha sido um dos vereadores a assinar o pedido de abertura, André Salineiro (PSDB) deixou a entender que dificilmente o limite proposto será atingido e reforçou o pedido para que se convocasse o Consórcio Guaicurus para responder alguns questionamentos. “Já que não vai ter CPI, que o consórcio seja convocado para uma sabatina”.
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