Pular para o conteúdo
Política

Pivô em crise do BNDES é 2º de MS a perder cargo por ‘rótulo de esquerda’

Pivô da crise que resultou em pedido de demissão do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o advogado Marcos Barbosa Pinto é o segundo nome de Mato Grosso do Sul a perder cargo no governo de Jair Bolsonaro (PSL) após receber ‘rótulo de esquerda’. Em janeiro, a administradora Desire Queiroz havia […]
Arquivo -
Compartilhar
Foto. Reprodução.
Foto. Reprodução.

Pivô da crise que resultou em pedido de demissão do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o advogado Marcos Barbosa Pinto é o segundo nome de Mato Grosso do Sul a perder cargo no governo de Jair Bolsonaro (PSL) após receber ‘rótulo de esquerda’.

Em janeiro, a administradora Desire Queiroz havia sido cotada pela ministra Damares Alves para compor quadro na Secretária Nacional de Juventude do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, mas foi descartada antes mesmo de assumir por um post feito em suas redes sociais em defesa da vida e que mencionava a vereadora carioca assassinada, Mariele Franco (PSOL). Interlocutores da titular sinalizavam que Damares Alves temia “desgaste político” com a nomeação de Desire por conta de seu posicionamento.

No caso de Marcos, a polêmica veio do próprio presidente após sua indicação como diretor da área de mercado de capitais do banco. “Eu já estou por aqui com o Levy. Falei pra ele demitir esse cara [Marcos] na segunda-feira ou eu demito você, sem passar pelo [ministro da Economia] Paulo Guedes”, afirmou Bolsonaro no sábado (15).

No final do mesmo dia, o advogado divulgou sua carta de renúncia, logo após ter tomado posse no cargo. A causa do descontentamento de Bolsonaro seria a atuação de Marcos no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No domingo (16), o presidente do BNDES, Joaquim Levy, que havia feito a indicação de Marcos, também pediu demissão.

O episódio desencadeou nova crise no Governo Federal. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, chegou a mencionar a saída de Levy e de Marcos como perda para o Brasil e avaliou a postura do presidente como uma ‘covardia sem precedentes’.

Descartou carreira política 

Marcos Barbosa Pinto nasceu e morou por 15 anos em Amambai. O advogado é filho de Almiro Pinto Sobrinho, que foi vereador e presidente da Câmara Municipal. A ironia é que desde o início de sua atuação, Marcos descartou carreira política e após a adolescência saiu de MS para dar início à trajetória como advogado.

O advogado foi consultor do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) junto ao Ministério do Planejamento de Lula, em 2004. Depois, atuou como assessor da diretoria e chefe do gabinete da presidência do BNDES em 2005 e 2006, ainda durante o mandato de Lula. Também foi o mais jovem diretor da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), autarquia responsável pela regulação e fiscalização do mercado de capitais, até 2010.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados