O deputado federal (PDT) afirmou que o Governo Federal demonstrou que a educação não é prioridade da administração ao realizar os cortes de 30% em instituições de ensino superior.

“Ele não tem explicação [para os cortes], a única razão é que isso [educação] não é prioridade para eles”, declarou o deputado após conversa com o Jornal Midiamax.

Dagoberto classificou que à princípio os cortes teriam sido feitos de forma “raivosa” por conta de manifestações de algumas universidades contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Depois generalizaram e agora a revolta é do parlamento e das pessoas nas ruas”.

Convocação

O ministro da Educação foi convocado pelos deputados para explicar os cortes nas verbas de universidades e institutos federais. No dia 30 de abril, Weintraub anunciou que a UnB (Universidade de Brasília), a UFBA (Universidade Federal da Bahia) e a UFF (Universidade Federal Fluminense) teriam os repasses bloqueados em 30% por promoverem “balbúrdia”.

No mesmo dia, o bloqueio acabou estendido para todas as universidades e institutos federais. O Colégio Pedro II, financiado pela União, também foi afetado. A oposição reagiu com um movimento para obstruir as votações em Plenário.

Dados do governo contabilizam o bloqueio de R$ 1,7 bilhão do orçamento de todas as universidades, o que representa 24,84% dos gastos discricionários e 3,43% do orçamento total das federais.

O corte, segundo o governo, foi aplicado sobre gastos como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas. Despesas obrigatórias, como assistência estudantil e pagamento de salários e aposentadorias, não foram afetadas.