No primeiro dia de missão nos Estados Unidos, a ministra (DEM) reforçou a agropecuária sustentável brasileira e lembrou que, nas últimas quatro décadas, a área ocupada pela no País aumentou 33% enquanto a produção cresceu 386%. A fala foi feita nesta terça-feira (19) durante palestra no Instituto Brasil do Wilson Center.

Na ocasião, a ministra da Agricultura lembrou que tem crescido a demanda por alimentos de baixo custo com impacto ambiental mínimo e que o Brasil, como potência agrícola ambiental, vem adotando medidas cada vez mais sustentáveis. “É o que buscamos fazer: crescer, preservando os recursos ambientais. Temos que, efetivamente, assumir nossa vocação de potência agroambiental global. Os resultados alcançados até aqui são prova de que estamos no caminho certo”, argumentou.

De acordo com ela, o salto na produção com crescimento de pouco mais de um terço da área cultivada é resultado de décadas de investimento em pesquisa e desenvolvimento e de boas políticas públicas. Ela lembrou ainda que o País conta com uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo.

“Nosso Código Florestal exige que os produtores rurais destinem uma parte da sua propriedade para preservação. Dito de outra forma, eles não podem produzir nesta área. Na Amazônia, por exemplo, 80% da área de uma propriedade é destinada à preservação”, exemplificou, ressaltando que o País é o único do mundo onde o produtor rural contribui com seu patrimônio para preservar o meio ambiente, sem ser remunerado por isso.

Em vigor desde 2010, o programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono) também foi lembrado, por ser considerado uma das maiores políticas de agricultura de baixa emissão de carbono do mundo. Desde que entrou em funcionamento, ele já resultou em 59 milhões de hectares com sistemas produtivos mais sustentáveis e a redução de emissões de gases de efeito estufa em mais de 200 milhões de toneladas de carbono equivalente, segundo dados do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Tripé sustentável

No evento, Tereza Cristina ressaltou que o ministério tem atuado com base em três pilares para uma produção sustentável: governança fundiária, inovação tecnológica e qualidade sanitária. “A produção sustentável é a única saída para a humanidade, não temos opções. Precisamos compreender e ajustar nossos sistemas produtivos. O Brasil continuará sua caminhada em prol de uma agropecuária inovadora, dinâmica, lucrativa e sustentável”, adiantou.

Nesta terça-feira (19), a ministra visitou o Observatório da Agricultura do Banco Mundial. Na agenda desta semana nos Estados Unidos, a ministra também terá reuniões no Banco Interamericano de Desenvolvimento e com o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue. Na pauta, está incluída a suspensão das importações de carne bovina brasileira pelos Estados Unidos.