Indicada pela FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) e convidada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para chefiar o Ministério da Agricultura, a partir de 2019, a deputada federal Tereza Cristina (DEM) disse que estuda a composição eventual equipe, mas evitou adiantar nomes.

Nos bastidores, o nome de Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul), é ventilado como possível ‘quatro técnico’ de Tereza, desfalcando a equipe de Reinaldo Azambuja (PSDB), que vem falando em mudanças pontuais no 1° escalão.

A deputada, no entanto, desconversa e afirma que ainda precisa acertar detalhes da transição com Bolsonaro, antes de discutir formação de equipe ministerial, mas admite que existem bons quadros em Mato Grosso do Sul.

“É claro que eu gostaria de chamar pessoas de Mato Grosso do Sul, mas o Blairo Maggi quando assumiu levou apenas seu chefe de gabinete e um assessor”, disse, citando a existência de muitos cargos técnicos e servidores de carreira na pasta.

Tereza afirma que ainda depende de conversas com presidente eleito, o que deve acontecer nos próximos dias. “Ainda não tive a oportunidade de convidar ninguém, mas vou conversar com Bolsonaro na semana que vem para acertar alguns detalhes do ministério”, se limita a dizer.

Mudanças no 1° escalão

Com Tereza ministra, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que ficou de fora da reeleição, ‘herdaria’ a vaga na Câmara dos Deputados. Para o tucano, no entanto, também haveria a possibilidade de integrar a administração estadual, a convite de Reinaldo. Médico ginecologista, Geraldo estaria sendo cotado para a Ses (Secretaria de Estado de Saúde).

Neste caso, deixaria a vaga de deputada federal para Beatriz Cavassa (PSDB), viúva do prefeito de Corumbá Ruiter Cunha (PSDB). Segundo pessoas próximas ao governo, ‘em agradecimento ao apoio da cidade pantaneira aos votos para Reinaldo’. Bia não nega que haja até um ‘convite’ de Reinaldo a Geraldo. “Eu me sinto bastante honrada com a possibilidade de assumir uma vaga. Se o Geraldo não assumir e aceitar o convite do governador, estou à disposição”, comentou.

O senador Pedro Chaves (PRB), que desistiu de concorrer a reeleição e, no meio da corrida eleitoral, trocou apoio de Odilon de Oliveira (PDT) por Reinaldo, também seria cotado para assumir a Sed (Secretaria de Estado de Educação), atualmente chefiada por Maria Cecília Amêndola da Mota. O fato foi divulgado nas redes sociais de Chaves e causou revolta aos membros do seu partido, que chegaram a pedir a expulsão do parlamentar.

O ex-chefe da Casa Civil, Sérgio de Paula, que também atuou na articulação política durante a campanha da reeleição, chegou a afirmar que dependia de Reinaldo para voltar ao primeiro escalão do Governo Estadual. Reinaldo não se manifestou oficialmente.

Secretário de Governo, Eduardo Riedel disse em entrevista ao Jornal Midiamax, no entanto,que as informações não serão confirmadas porque tudo está em estudo. “Estamos analisando, estudando tudo muito bem antes de decidir e de anunciar. Não vamos anunciar nada por enquanto”, limitou-se a comentar.