‘Mensalinho’ era pago em dinheiro ‘vivo’ e valores já foram apreendidos
Durante a operação desencadeada nesta segunda-feira (26) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), agentes apreenderam dinheiro pago supostamente pelo prefeito Carlos Anibal Ruso (PSDB) aos vereadores de Ladário. A informação é do procurador-geral de Justiça, Paulo Passos, que acompanhou as prisões de nove pessoas, incluindo o prefeito, secretário …
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Durante a operação desencadeada nesta segunda-feira (26) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), agentes apreenderam dinheiro pago supostamente pelo prefeito Carlos Anibal Ruso (PSDB) aos vereadores de Ladário. A informação é do procurador-geral de Justiça, Paulo Passos, que acompanhou as prisões de nove pessoas, incluindo o prefeito, secretário e vereadores.
Em entrevista coletiva no fim da manhã, Passos afirmou que as investigações do MP-MS (Ministério Público Estadual) revelavam o mensalinho pago aos vereadores em troca de apoio a atual gestão. Os valores oscilavam entre R$ 1,5 mil a R$ 3,5 mil.
Ainda conforme o procurador, o pagamento era feito em dinheiro em espécie, e vários pagamentos foram apreendidos. “Porque já existiam medidas cautelares do Ministério Público em andamento, há comprovação, há apreensão desse dinheiro. O mensalinho era para aprovar o projeto político e atender aos interesses, principalmente do titular do Poder Executivo”, disse Passos ao jornal Capital do Pantanal. O montante apreendido, porém, não foi revelado.
De acordo com o procurador-geral, o afastamento do prefeito, do secretário e dos sete vereadores era necessário para cessar a prática dos crimes.
“Essa foi a argumentação que levei ao TJ e foi atendida pelo desembargador e expedidos esses mandados de prisão. Na visão do Ministério Público, essas provas são contundentes, os fatos são graves e não é possível mais que pessoas que detêm o poder político tratem a coisa pública como se particular fosse”, completou passos.
Os nove detidos na operação já foram transferidos de Ladário para o sistema prisional de Campo Grande. Os homens devem ficar no Centro de Triagem e a vereadora Lilia Moraes para o presídio feminino Irmã Irma Zorzi, também na Capital.
Operação
Foram presos nesta segunda os vereadores Vagner Gonçalves, Agnaldo dos Santos Silva Junior, André Franco Caffaro, Augusto de Campos, Lilia Maria Cillalva de Moraes, Paulo Rogério Feliciano Barbosa e Osvalmir Nunes da Silva, além do secretário de Educação Helder Paes Botelho e o prefeito.
Eles são acusados de suposta prática de associação criminosa, corrupção ativa e passiva por conta de conluio para um suposto ‘mensalinho’. A decisão é do desembargador Emerson Cafure, da Seção Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul.
Presidente da Câmara, o vereador Peixoto afirmou ao Jornal Midiamax que a denúncia foi feita em março ao MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). O valor que seria repassado aos vereadores era de R$ 3 mil por mês para que Ruso tivesse apoio na Casa. Além disso, há desvios em licitações sob investigação.
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