Ao longo de 7 anos, obra deve consumir R$ 250 milhões

Presidente regional do MDB e pré-candidato ao Governo do Estado, André Puccinelli afirmou nesta sexta-feira (22) que a atual gestão estadual faz “nada mais que sua obrigação” ao anunciar que planeja abrir o Aquário do Pantanal ao público até o fim de 2018, com adicional de R$ 39 milhões para contratação sem licitação de duas empresas.

“Eu tinha deixado o dinheiro completo para terminar. Não fazem nada mais do que a obrigação e tem que porque não foi cumprido que era para terminar no aditivo de prazo que eu fiz legalmente e com dinheiro depositado legalmente. Vão gastar dinheiro a mais por quê?”, questiona Puccinelli. “Os órgãos de fiscalização que têm que ver”, conclui.

O acordo para finalizar o , com valor que deve garantir, ao menos, início da visitação no local, foi firmado com MPE (Ministério Público Estadual) e TCE (Tribunal de Contas do Estado), que avalizaram um novo aditivo na obra, bem como contratação direta de empresas para garantir a retomada dos trabalhos, que já consumiram mais de R$ 200 milhões em recursos públicos.“Estão fazendo a obrigação”, diz Puccinelli sobre conclusão do Aquário

As obras do Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna, conhecido como Aquário do Pantanal, tiveram início em 14 de abril de 2011, quando Puccinelli era governador do Estado. O projeto original previa a conclusão do empreendimento por R$ 84 milhões, mas, de acordo com os cálculos da atual gestão, deve passar de R$ 250 milhões.

Prestes a completar sete anos de construção, o Aquário foi alvo da operação Lama Asfáltica, que apura desvio de dinheiro do projeto, e foi paralisada pela Justiça por problemas com as construtoras responsáveis.

A mesma operação fez com que André Puccinelli e mais 12 pessoas se tornassem réus por corrupção passiva, fraude em licitação e peculato. Puccinelli chegou a ser preso em um dos desdobramentos da Lama Asfáltica, chamada de Papiros de Lama em novembro do ano passado.

O relatório produzido pelo Ministério Público Federal em outubro de 2015 junto com a Polícia Federal e CGU (Controladoria Geral da União), apontou desvios de dinheiro por meio de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro ocorridos na gestão de Puccinelli entre 2007 e 2014.