Mais de 200 trabalhadores já foram demitidos

Um dia após o fechamento do frigorífico do grupo JBS no município de , prefeitos de municípios da região norte que temem fechamento de mais postos de empregos, procuraram apoio na Assembleia Legislativa e ouviram de representantes do governo promessa de que o local não deverá permanecer fechado.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, a gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), vai procurar a direção da JBS para tentar uma solução para o problema alegado pela empresa para o fechamento da planta. Caso, a multinacional se negue a reabrir a unidade, outro grupo será procurado para assumir a planta.

“Temos matéria prima de qualidade, mão de obra qualificada e logística. O que aconteceu foi uma desavença sobre valor do arrendamento, mas estamos vendo a disposição e a rapidez do governo em intervir e solucionar”, explicou o prefeito de Coxim, Aluísio São José (PSB), que participou do encontro com o prefeito de Sonora, Enelto Ramos (PMDB).

Anfitrião do encontro, o presidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (PMDB), revelou que conversou com o vice-presidente da JBS, Marcelo Zanata, que lhe explicou sobre uma divergência para renovação do arrendamento com o Grupo Margem, que é proprietário da planta, além de outros problemas de ordem trabalhista que inviabilizaram a continuidade da JBS frente àquela unidade.

São José afirma que o frigorífico, que empregava 210 pessoas, todas demitidas, era a maior empresa da cidade, e que abatia cerca de 400 cabeças de gado por dia e era o único em operação na região Norte.

“Temos quatro meses em que os funcionários receberão o seguro-desemprego, nesse período vamos agir para reabrir o frigorífico, com a própria JBS ou com outra empresa”, disse Mochi.

Verruck revelou que o próprio governador Reinaldo Azambuja vai procurar a presidência da JBS, para tentar reverter a decisão, e pode, inclusive, ampliar benefícios fiscais à empresa. A Prefeitura de Coxim também se comprometeu um pedido do grupo, de ativar uma linha de ônibus para trabalhadores do frigorífico.

A JBS, explicou a assessoria de Mochi, reclamava que não havia transporte público para seus trabalhadores, e com isso precisava bancar custos com jornada de trabalho do funcionário considerando o trajeto de casa para o trabalho e vice-versa.

O presidente da Assembleia também solicitou ao secretário de meio ambiente, uma reunião na próxima semana, quarta-feira (8), para debater um projeto que prevê implantação de um confinamento para até 45 mil cabeças de gado em Coxim e uma indústria de ração. Mochi também vai solicitar a pavimentação de um trecho de 2,5 quilômetros que dá acesso ao confinamento e contempla várias outras empresas instaladas na localidade, entre as quais um pequeno frigorífico e um laticínio.