‘Quem gasta R$ 2,5 milhões ou é doente da cabeça ou bom sujeito não é’, diz candidato

Adalton Garcia (PRTB) provocou Rose Modesto

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Adalton Garcia (PRTB) provocou Rose Modesto

O candidato a Prefeitura de Campo Grande pelo PRTB, Adalton Garcia, provocou a candidata Rose Modesto (PSDB) ao declarar as ‘considerações finais’ do debate promovido pelo jornal Midiamax com 11 dos 15 candidatos a prefeitura da capital no auditório do CREA-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul, na noite de sexta-feira (16). A declaração até citou a famosa letra de Dorival Caymi ‘Samba da minha terra’.

“Não, eu acredito que a vice-governadora confundiu as situações. Eu não estou aqui para ser contra a, nem b, nem c. Agora, a pessoa que diz que R$ 24 mil é pouco pra sobreviver e gasta R$ 2,5 milhões ou é doente da cabeça ou bom sujeito não é“, afirmou, ao ser questionado sobre possível ‘mágoa’ com uma pergunta ou resposta declaradas durante a sabatina. 

Confira o vídeo:

 

 

 

 

 

“Porque se ela trabalhasse dez anos como vice-governadora, ela iria juntar esse valor que ela já gastou em vinte dias. Então, que poder é esse? Tem alguma coisa errada. É a minha opinião”, complementou.

Para o candidato, o debate ‘atingiu seu objetivo final’. “É muito importante que as pessoas perguntem, que obtenham as suas respostas”, considerou. 

Adalton também afirmou que a oportunidade auxilia candidatos – que a exemplo dele -, não possuem muito tempo de propaganda na rede aberta de televisão e rádios da cidade. “Espero que o Midiamax possa proporcionar essa possibilidade pra que nós, que temos tempos tão resumidos, possamos então trazer as nossas propostas, pé no chão, falar a verdade sem precisar iludir ninguém. Essa é a nossa principal meta”, concluiu.

Debate em blocos

O clima durante a discussão começou a ‘esquentar’ nos segundo bloco. O ex-secretário estadual de Cultura, Athayde Nery (PPS) sorteou o tema transparência e escolheu Adalton  para responder sobre as Operações Coffee Break, Lama Asfáltica e Lava Jato que, segundo ele, ‘são péssimos exemplos para a população que já está desiludida’.

O candidato do PRTB opinou que o processo democrático é que garante aos que são eleitores legislarem em interesse próprio. “Para mim gestão transparente é sem apadrinhados. Gestores que valorizam o funcionalismo público e não apenas um portal”, respondeu.

Athayde, então, avaliou que a transparência será garantida, caso vença a eleição,”com a participação popular na administração”. Adalton voltou a dizer que a fiscalização também depende dos 29 vereadores que, para ele, “não dão um hoje em dia”.

Adalton voltou-se ao candidato Marquinhos Trad (PSD) e questionou sobre empregos, com destaque para a crise econômica -. “O Estado se encontra em grande dificuldade e a cidade, um verdadeiro caos. Sem compreensão e paz não conseguiremos avançar. Nós vamos reagir, fortalecer os conselhos municipais, fazer a multiplicação de empregos e criar programas de incentivo aos produtores rurais, fortalecendo incubadoras com artesanato, confecção, empresas trazidas com incentivos fiscais e incrementar o jovem aprendiz. E aí vamos superar a crise com determinação”.

Na réplica, Adalton afirmou que compreende a proposta, mas acredita que não se pode fazer administração como em Três Lagoas, “dando essas isenções e depois as empresas vão embora.  Não podemos ser também o governo do imposto, temos que ter a grandeza para gerar emprego e renda no comércio”.

Marquinhos Trad disse ser notória a instabilidade, mas afirmou ter convicção de superar todas as dificuldades. “Temos gente honrada e competente e temos classe de empresariado inteligente. Vamos fazer a grande virada, criar com força e esperança os mais pobres e essa será a minha luta à frente da Prefeitura de Campo Grande”.

No terceiro bloco é que o embate envolvendo as contas de campanha de Rose Modesto começaram.
Alvo de Adalton Garcia, a tucana foi questionada sobre declarações recentes de sua renda e gastos com campanha. Adauto Garcia perguntou para Rose Modesto, se, caso tivesse 2,5 milhões para investir em uma obra social, qual obra seria. Rose disse que reestruturaria os Cras (Centro de Referência de Assistência Social) que, segundo ela, perderam a sua finalidade. 

“É um local de fortalecimento do vínculo entre mãe e filho com projetos no contraturno”, respondeu, afirmando que também faria a ampliação do Projeto ‘Rede Solidaria’, declarando que ‘faz o ser humano crescer e desenvolver por meio da qualificação e evita gastos com a segurança pública’. Adalton rebateu, dizendo que Rose gastou 2,5 milhões em 20 dias de campanha, se não era possível investir em uma obra, e que o valor que ela declarou no registro da candidatura era pouco para para viver.

Rose, então, afirmou que no dia do registro da campanha o valor questionado não era o valor do salário dela, mas sim o valor da declaração dos bens delas. 

“A pergunta não foi sobre o meu salário. Foi sobre a declaração dos meus bens. Eu vivi a vida inteira com bem menos. Sou filha de domestica de pedreiro. Tive aceso a trabalho e mudou a minha vida”, comentou.

Organização

O debate do Jornal Midiamax do 1º turno das eleições municipais de 2016, aconteceu ontem, nesta sexta-feira (16), reuniu 11 candidatos a prefeito de Campo Grande e durou pouco mais de duas horas. A #debatemidiamax chegou a ficar no Trending Topics do Twitter no país. 

Participaram do debate os candidatos que compareceram ou enviaram representantes ao chamamento para realização do evento, Adalton Garcia (PRTB), Alcides Bernal (PP), Alex do PT, Aroldo Figueiró (PTN), Athayde Nery (PPS), Coronel David (PSC), Elizeu Amarilha (PSDC), Marcelo Bluma (PV), Marquinhos Trad (PSD), Rose Modesto (PSDB) e Suél Ferranti (PSTU). Ficaram de fora por não enviar representantes à reunião, Pedro Pedrossian Filho (PMB), Rosana Santos (PSOL), Flávio Arce (PCO) e Lauro Davi (PROS).

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