Situação de catadores e irregularidades em aterro motivaram agentes públicos

Depois de vistorias e denúncias de vazamento de um ‘rio de chorume' próximo ao aterro sanitário de , a defensora pública Olga Lemos Cardoso e o vereador Eduardo Romero (Rede) informaram que encaminharam um ofício na última sexta-feira (3) ao MPF (Ministério Público Federal), pedindo que o município cumpra a Lei Federal de Resíduos Sólidos.

Na última quarta-feira (1), a equipe do Jornal Midiamax esteve no aterro sanitário ouvindo moradores e catadores de lixo sobre as preocupações com o vazamento de chorume. O líquido estaria exalando um cheiro forte e poderia prejudicar o Rio Anhanduí, que corre próximo ao local. Segundo as denúncias, boa parte do lixo encaminhado ao aterro não é processado, acumula e acaba gerando o chorume.

Na ocasião, a defensora pública e o vereador anunciaram que iriam acionar o MPF, pedindo que sejam investigadas as irregularidades cometidas na destinação dos resíduos sólidos. Também em resposta aos protestos de catadores que bloquearam a BR-262 no último dia 30, os agentes públicos pedem que os catadores possam exercer seu ofício junto a UTR (Usina de Triagem de Resíduos).

A UTR foi aberta em agosto de 2015, e desde fevereiro deste ano as famílias de catadores tem enfrentado dificuldades, após o fechamento dos lixões da capital. Sem poder trabalhar na UTR, por conta da exigência de um curso de capacitação para operar no local, os catadores reclamam de não ter renda suficiente para se sustentar. A defensora pública Olga já teve um pedido de ação acatado pela Justiça para que esse curso seja ofertado gratuitamente aos ex-trabalhadores do .

O curso já deveria ter sido ministrado, em conformidade a um Termo de Ajustamento de Conduta firmado pelo Ministério Público Estadual com a Solurb – concessionária dos serviços de coleta e reciclagem em Campo Grande – e com a Prefeitura Municipal. 

(Sob supervisão de Evelin Araujo)