Após três dias de prisão, presidente da Omep e diretora de ONG são soltas

Cárcere é resultado da Operação Urutau

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Cárcere é resultado da Operação Urutau

A presidente da Omep (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar), Maria Aparecida Salmaze, presa desta a última terça-feira (13), deve ser solta ainda nesta sexta-feira (16), segundo o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) Ailton Stropa. Ela teve temporária decretada devido a Operação Urutau que investiga desvio de recurso público por meio de contratações ‘fantasmas’.

O habeas corpus foi concedido pelo desembargador Rui Celso. Em troca da liberdade ela está suspensa da função, deve entregar passaporte à Justiça e não pode sair de Campo Grande. Além disso, está proibida de entrar em contato com outros investigados, incluindo seu filho Hélio Correia, não pode ir a imóveis ou acessar contas bancárias da entidade.

“Ainda não fomos notificados da decisão, mas assim que formos ela será solta”, disse. A pedagoga responsável pela ONG (Organização Não Governamental) creche Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Kelly Ribeiro  também foi solta. e A contadora da Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária Ana Cláudia Pereira, segue em cárcere.

Investigação – O MPE-MS (Ministério Público Estadual) já havia apontado uma série de irregularidades nas contratações, e desde 2011, ainda na gestão de Nelsinho Trad (PTB), vinha propondo mudanças nas contratações por meio da celebração de TAC (Termos de Ajustamento de Conduta). 

Dentre as irregularidades citadas no processo em andamento no MPE há discrepâncias de valores pagos a servidores terceirizados a serviço do município. Por exemplo, um marceneiro da OMEP recebe R$ 893 por mês, enquanto um serralheiro da Seleta recebe R$ 2,4 mil. A Prefeitura de Campo Grande tem até junho de 2017 para demitir 4,3 mil funcionários contratados por meio dos convênios das duas entidades.

Ao todo foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão de documentos, três prisões temporárias e sete conduções coercitivas com os dirigentes, prestadores de serviços e funcionários dos locais. Houve buscas na Câmara Municipal de Campo Grande.

 

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Foto ilustrativa | Reprodução