Mario Cesar diz que prefeito foi humilde ao admitir erro

Os vereadores da Câmara de Campo Grande não devem investigar mais a fundo os problemas no serviço de tapa-buraco na Capital. Há vários dias tramitando na Câmara, o requerimento não chegou a 10 assinaturas e, a considerar a posição de alguns vereadores, a CPI não deve sair do papel.

O presidente da Câmara de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB), minimiza o engavetamento, afirmando que a CPI é o remédio mais amargo. Segundo presidente, algumas pessoas estão agindo por emoção, por conta da eleição que se avizinha. “Espero que tenham senso crítico para saber o que é politicagem e o que não é”, justificou.

A equipe de reportagem questionou o vereador sobre o aumento de mais de R$ 40 milhões no serviço, coincidentemente, no último ano da gestão de Nelsinho Trad (PMDB), que também era ano da eleição, bem como o fato da atual gestão admitir que não fiscalizava o serviço de tapa-buraco como deveria, mas o presidente insistiu em minimizar.

“Eles tiveram a humildade de reconhecer o erro e não ficaram tentando tapar o sol com a peneira. Se reconheceu que existe falha e anunciou que vai mudar, partimos da premissa que os erros do passado não serão cometidos”, defendeu.

O vereador Paulo Siufi (PMDB) também não assinou a favor da CPI dos Buracos. Ele diz que as informações dadas até o momento são suficientes e que não alimentam a necessidade de uma CPI. Ele afirma que aguarda mais alguns documentos para dizer se está ou não satisfeito.

O vereador Eduardo Romero (PTdoB) também não assinou e afirma que a CPI é o último instrumento a ser utilizado pela Câmara. Segundo o vereador, não há nada de concreto que justifique uma CPI, já que a Prefeitura está fornecendo todos os documentos solicitados.

Até o momento assinaram a favor da CPI dos Buracos os vereadores: Luiza Ribeiro (PPS), Paulo Pedra (PDT), Alex do PT, Chiquinho Telles (PSD), Thais Helena (PT), Airton do PT, Cazuza (PP) e José Chadid (sem partido). Eles precisam de mais duas assinaturas para iniciar a CPI.