Parlamentares de MS se dizem tranquilos diante da ‘bomba de Janot’
Político fala até em debate sobre reforma política como decorrência do caso
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Político fala até em debate sobre reforma política como decorrência do caso
Prestes a explodir, a principal bomba política do ano – pelo menos, até agora – parece não assustar parlamentares federais de Mato Grosso do Sul. Consultados pela reportagem, eles garantem estar tranquilos quanto a lista de possíveis investigados em casos de corrupção na Petrobras.
A lista, enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal), tem 54 nomes de pessoas envolvidas na Operação Lava Jato, sendo 45 políticos. A decisão sobre a abertura de investigação dos citados, bem como a divulgação – ou não – de suas identidades, é esperada ainda para esta sexta-feira (6).
Em síntese, a Operação Lava Jato trata de um suposto cartel de empreiteiras para desviar recursos da Petrobras. Ex-diretores da empresa fizeram acordos de delação premiada para revelarem detalhes sobre o que se tornou o maior escândalo de corrupção no Brasil desde o chamado mensalão.
“Boatos são boas e por isso não deviam ser divulgados como fatos. Estou tranquilo em relação ao caso. Diferente do que alguns pensam, acredito que meu nome não está na lista”, diz o deputado federal Vander Loubet (PT.)
Outro petista, o senador Delcídio do Amaral, sequer deu-se o trabalho de comentar o assunto antes da possível divulgação do relatório de Junot. “O senador Delcídio não se pronuncia sobre nada que não seja oficial. Ele aguarda, absolutamente tranquilo, a divulgação da verdadeira lista de políticos supostamente envolvidos na Operação Lava Jato, para se pronunciar sobre o caso”, respondeu a assessoria do parlamentar.
Único sul-mato-grossense na CPI da Petrobras, que teve sua primeira reunião na quinta-feira (5), Carlos Marun (PMDB) diz ter certeza de não estar nos pedidos do procurador. “Todos os colegas incluídos na ‘Lista de Janot’ serão rigorosamente investigados pela CPI e, mais do que isto, penso até que as investigações podem ultrapassar esta lista, já que não estão claros os critérios utilizados pelo MPF para definir as inclusões e exclusões”, diz o peemedebista.
Outro que comentou o assunto, até o momento, é Geraldo Resende (PMDB). “Tenho absoluta certeza de que meu nome não consta em nenhuma lista entregue ao STF”, diz ele, defendendo, também, que os citados “possam exercer o direito de ampla defesa” e dizendo esperar “profunda reflexão sobre a gestão de nossas estatais, sobre as relações entre os poderes e que, desta reflexão, consigamos realizar uma reforma política abrangente, de modo a apresentar alternativas ao financiamento de campanhas, provável destinação dos valores furtados da Petrobras”.
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