Vereadores apontam ‘fragilidade de acertos’

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), está sentindo mais confiança desde que conversou com alguns vereadores e voltou a construir uma base de sustentação na Câmara. Mas, há quem aposte que esta paz tem os dias contados.

“Isso tem prazo para terminar. Daqui a pouco o partido deles vai apoiar um candidato. Ele ainda tem o último ano. A pior coisa que existe para o prefeito é o último ano. Vira um Deus nos acuda. No próximo ano ele terá ainda mais dificuldade”, avaliou Paulo Pedra (PDT).

O pensamento de Paulo Pedra vai ao encontro do que aconteceu há alguns dias, quando os deputados Eduardo Rocha (PMDB) e Carlos Marun (PMDB) aconselharam vereadores a desgrudarem de Olarte. Na avaliação da dupla, ficar ao lado de Olarte pode comprometer a candidatura do partido, que não pretende apoiá-lo no ano que vem.

Atualmente, Olarte tem vários partidos na base, mas continua sem partido, o que pode lhe trazer dificuldade na tentativa de se reeleger. Ele precisa conseguir um partido e ainda aliados que aceitem apoiá-lo, o que até o momento não aconteceu.

Nenhum partido anunciou, oficialmente, a intenção de ter Gilmar Olarte, o que arranha a imagem do prefeito, de que tudo está perfeito. Este é, inclusive, o argumento da oposição, que vive questionando o fato de Olarte não receber convites de grandes partidos.

Olarte ainda terá pela frente a espinhosa missão de mudar o secretariado, principalmente se o PSDB lançar candidatura. Isso acontece porque o partido ocupa as principais secretarias na gestão de Olarte: Fundação Municipal de Esporte e Secretaria de Educação. Estas pastas acumulam grande número de professores comissionados e que votam em partido apostando na continuidade da gestão, o que lhe garantirá o emprego.

A maioria dos partidos alega que Olarte não deu cargos e que as indicações dele, em sua maioria, são de escolhas pessoais. Se isso de fato aconteceu, o prefeito terá ainda mais trabalho, visto que não será difícil um partido deixar para trás pequenos cargos.