Decreto de emergência e corte na limpeza geram crítica de vereadores

Vereadores ainda criticam contratos sem licitação

Os vereadores de Campo Grande criticaram na manhã desta terça-feira (22), a situação de emergência decretada pelo prefeito Alcides Bernal (PP) devido as chuvas, que cita a epidemia de dengue. Eles querem saber o porquê da Prefeitura ter diminuído o serviço de limpeza em plena epidemia, o que vai contra as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, que causa a dengue, zika e chikungunya.

Bernal decretou situação de emergência no dia 8 devido temporal que inundou ruas e casas, provocou desmoronamentos e causou uma morte. O decreto ainda cita o perigo de piorar a epidemia de dengue. No entanto, nesta semana a Prefeitura mandou reduzir alguns dos serviços prestados pela CG Solurb, que além da coleta de lixo, também é responsável pela manutenção dos canteiros, bocas de lobos, e varrição das ruas.

Os vereadores reclamaram que cortar o serviço de limpeza em plena epidemia é contraditório. A Câmara vai pedir justificativa a Prefeitura do porquê do decreto e qual embasamento.

Os vereadores ainda reclamaram que o decreto de emergência deixa a prerrogativa de que podem ser contratadas empresas sem licitação. Saraiva levantou a possibilidade de sustar o decreto.

A Prefeitura vai ter 15 dias para justificar e enviar o documento a Câmara. Se não responder, a casa pode pensar em sustar o decreto.

Dados epidemiológicos 

De acordo com a Sesau, do dia 27 de janeiro a 21 de dezembro foram 10.403 notificações deste total, 4.013 casos confirmados de dengue, cinco com dengue grave e três mortes em decorrência da doença. Com relação à chikungunya, neste mesmo período ocorreram 119 notificações, com dois casos confirmados (importados). Quanto ao zika vírus, o levantamento feito pela Sesau revela 290 casos investigados com suspeita da doença, nenhum caso ainda foi confirmado.