CPIs opostas na Assembleia compartilham maioria dos integrantes
Bancadas definiram membros na quinta-feira
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Bancadas definiram membros na quinta-feira
A CPI do Genocídio, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, terá formação semelhante a CPI do Cimi (Comissão Indigenista Missionário). Isto porque, presidente e relator da primeira comissão criada, também participarão do grupo que quer investigar 15 anos de assassinatos de indígenas no Estado.
A deputada Mara Caseiro (Pt do B), que preside a CPI do Cimi, e o deputado Paulo Corrêa (PR), relator, são também os representantes do ‘blocão’ na CPI do Genocídio. Pelo PMDB, Antonieta Amorim, suplente do deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), no grupo que investiga o Cimi, participa como titular da CPI do Genocídio.
Pelo PSDB, o Profº Rinaldo Modesto integrará o grupo e João Grandão (PT), será membro da CPI do Genocídio, enquanto é suplente do deputado estadual Pedro Kemp (PT), na comissão sobre o Cimi. A definição dos membros foi concluída durante a sessão de quinta-feira (21), na Assembleia Legislativa.
Agora, a previsão é de que a reunião que define o presidente, vice-presidente e relator do grupo aconteça na próxima terça-feira (27). A CPI foi criada depois que membros dos movimentos sociais e indígenas entregaram á bancada petista um documento com informações sobre denúncias de casos de assassinatos de 390 indígenas e 512 suicídios.
Mais uma
Líder do PMDB, o deputado estadual Eduardo Rocha afirmou que a escolha de Antonieta na nova CPI foi porque a parlamentar se dispôs a participar. Ele, ainda, criticou a formação de mais um grupo que, na visão, dele pouco pode resolver com relação ao conflitos agrários no Estado. “Quem tem de resolver é o governo federal, com a indenização das terras. O que a Assembleia pode fazer é cobrar das autoridades para resolver, no casos dos assassinatos de índios”, disse.
Para o líder da bancada petista na Casa de Leis, Pedro Kemp, que resolveu indicar o colega para participar da CPI do Genocídio, a ideia é que na próxima terça já ocorra a reunião, que definirá o presidente e, dessa forma, os trabalhos sejam iniciados. Sobre a maioria dos membros da CPI do Genocídio participar da primeira, que teoricamente, analisa o oposto, o parlamentar disse esperar que o fato não atrapalhe.
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