Bernal promete diálogo, mas não garante reajuste a professores

No dia do Professor, Bernal alega crise para justificar falta de pagamento 

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No dia do Professor, Bernal alega crise para justificar falta de pagamento 

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), participa nesta quinta-feira (15) da festa em homenagem ao Dia do Professor, promovida pela ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação), que acontece no clube de campo do sindicato.

“De presente” pelo data, Bernal se comprometeu a dialogar com categoria para chegar a um acordo sobre reajuste salarial de 13,01%, aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito afastado Gilmar Olarte, porém reiterou que Prefeitura, no momento, não possui condições de efetuar pagamento. 

“Quero dialogar para junto com professores para encontrar uma solução. A situação econômica da Prefeitura não permite oferecer reajuste no momento, por isso vamos buscar uma saída com categoria”, disse Bernal.

Em discurso aos professores, Bernal criticou seu antecessor Gilmar Olarte e o culpou pela crise financeira no Município. “A greve não foi causada pelos professores e sim pelo caos financeiro de Campo Grande que foi causado por criminosos, que afetou cofres públicos. Reconheço cada professor como protagonista da defesa da democracia e juntos vamos construir condições para que Campo Grande seja exemplo para outras capitais. Vamos fazer com que a lei do piso seja respeitada. Campo Grande não vai se dobrar a interesses de um grupo que está acostumado com lama, lixo e asfalto”.

Na última reunião realizada entre Prefeitura e ACP não houve acordo e ficou agendada para dia 10 de novembro novo encontro para discutir reajuste. Porém, na sexta-feira (9), a ACP protocolou ofício na Prefeitura solicitando antecipação da data. Bernal afirmou nesta quinta-feira (15) que ele se reunirá com professores na “data em que categoria escolher”

Greve e decisão judicial

Sobre decisão da Justiça que considerou greve dos professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) ilegal, Bernal ponderou que, embora decisão deva ser acatada, a paralisação é direito da categoria. “Trabalhadores têm que buscar seus direitos, mas decisão da Justiça tem que ser respeitada, mas também vale a Justiça analisar motivo da greve”.

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