Trabalho foi encerrado nesta quinta-feira

Depois de optarem por arquivar investigação contra o vice-prefeito afastado de todas as funções públicas, Gilmar Olarte (PP), os integrantes da Comissão Processante não descartam retomar a apuração caso o pastor seja reconduzido ao cargo. Desta vez o arquivamento ocorreu justamente porque ele já está afastado.

De acordo com o relator, Paulo Siufi (PMDB), o entendimento foi de que não poderia ocorrer cassação duas vezes. “Ele já está afastado. Não há possibilidade de suspender (o trabalho), mas há possibilidade de, ele sendo reconduzido, seja criada nova processante”, explicou.

A apuração foi aberta em agosto, após o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) tornar Olarte réu em processo decorrente da Operação Adna, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Na ação, ele é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva – teria usado cheques de terceiros e prometido vantagens supostamente indevidas em troca de dinheiro.

Conforme o presidente em exercício na Câmara Municipal, Flávio César (PTdoB), a comissão poderia ter sido arquivada quando o pastor foi afastado do Paço no dia 25 de agosto deste ano. “Mas optou-se por dar direito de ampla defesa e concluir os trabalhos. Decisão na justiça que o reconduza, pode ser imediatamente reaberta”, garantiu. “A câmara é escrava do regimento interno”, observou. O presidente da processante, João Rocha (PSDB), tem a mesma visão.