Antes de votação, prefeito se defende da tentativa de baixar seu salário em MS
Prefeito tem salário de R$ 12,5 mil em município com 3 mil habitantes
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Prefeito tem salário de R$ 12,5 mil em município com 3 mil habitantes
O prefeito Rogério Rosalin (PSDB) de Figueirão, distante 284 quilômetros de Campo Grande, comentou nesta sexta-feira (18) a iniciativa popular de tentar baixar seu salário e do legislativo municipal diante da crise.
Antes mesmo do projeto, de autoria da advogada Paullyane Amorim, ser apresentado à Câmara, o prefeito disse que acredita que baixar os salários é uma ação simbólica e que a administração é de “excelência dos recursos, que apresentam nitidamente o retorno dos impostos”.
“Figueirão tem uma das menores receitas de Mato Grosso do Sul. Sem indústria e com número reduzido de comércios, propriedades rurais e habitantes, a arrecadação nos estimula à criatividade na administração”, pontua Rosalin.
“E mesmo assim não prejudicamos nenhum dos setores, das obras à saúde, e ainda buscamos estratégias de valorização do colaborador público, que mesmo em tempos de recessão, receberão 80% do décimo terceiro já no próximo mês, o que foi possível com corte de gastos considerados secundários”, defendeu-se.
O projeto recolhe assinaturas pelo município e deve ser protocolado segunda-feira (22) na Câmara dos vereadores de Figueirão. Segundo Paullyane, o motivo do projeto é gerar economia nos cofres do município, que tem cerca de três mil habitantes e área de 4.880 quilômetros quadrados. “Figueirão é um município pobre com várias dificuldades financeiras. Temos obras públicas abandonadas, falta de verba para montar creche, dentre outros problemas”, explica.
O projeto quer reduzir o salário do prefeito Rogerio Rodrigues Rosalin (PSDB) de R$ 12.500,00 para dez salários mínimos, o equivalente a R$ 7.880,00. O vice-prefeito, que recebe R$ 6.250,00 receberia dois salários mínimos, R$ 1.576,00, assim como os vereadores, que recebem cerca de três mil reais atualmente.
Os secretários, que ganham quatro mil reais, teriam salário de quatro salários mínimos, R$ 3.152,00. Além disso, vereadores que não comparecerem à única sessão seriam “multados” em 15% do salário por ausência.
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