Secretária que tentou blindar ex-deputado recebe de Puccinelli para trabalhar em partido político

O ex-deputado Reginaldo Ferreira (PRB) conseguiu emplacar a esposa, Rosemary Bezerra de Moraes, como DGA-1 no governo de André Puccinelli (PMDB), para receber salário de R$ 4.873,01.

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O ex-deputado Reginaldo Ferreira (PRB) conseguiu emplacar a esposa, Rosemary Bezerra de Moraes, como DGA-1 no governo de André Puccinelli (PMDB), para receber salário de R$ 4.873,01.

O Midiamax teve dificuldade para falar com o ex-deputado Reginaldo Ferreira (PRB), que conseguiu emplacar a esposa, Rosemary Bezerra de Moraes, como DGA-1 no governo de André Puccinelli (PMDB), para receber salário de R$ 4.873,01, com direito a mais 60% de representação, podendo chegar a R$ 7.796,81. A dificuldade foi maior porque a bem treinada secretária do ex-deputado, Silvana Santana Stein, não contribuiu com nenhuma informação, limitando-se a dizer que não estava autorizada a falar nada e que a imprensa podia fazer o trabalho dela.

A competência da secretária para não comprometer o chefe levantou questionamentos na reportagem, que após busca no Diário Oficial do Estado, descobriu ela foi exonerada com o ex-deputado no começo do mês, e recontratada como DGA-6 na diretoria geral de administração e finanças da secretaria de Governo.

O fato mais estranho é que a secretária atendeu a reportagem pelo telefone fixo do partido PRB em períodos diferentes, manhã ou tarde, na quarta (30), quinta (31) e sexta-feira (1º). O Midiamax tentou falar com a comissionada para saber quando ela cumpria expediente no Governo do Estado, já que estava a todo o momento no PRB, mas dessa vez, ela se blindou.

A reportagem ligou para Silvana no começo da tarde de sexta-feira, ela chegou a atender ao telefone, mas a ligação caiu. Em seguida, a secretária disse que não estava escutando bem. A reportagem ligou de outro aparelho e outra secretária atendeu, informando que Silvana não queria falar com a imprensa. Outras denúncias

Em novembro do ano passado, uma denúncia de filiados ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) trouxe a tona as suspeitas de cargos fantasmas no governo de André Puccinelli. Os filiados solicitaram afastamento do presidente estadual do PTB, Ivan Louzada, até que fossem esclarecidas as denúncias de que o partido estaria “recebendo recursos indiretamente do Poder Público”, por meio da nomeação de 10 apadrinhados do presidente regional, na Casa Civil do governo de André Puccinelli.

O tesoureiro da executiva municipal do PTB, Elenilton Dutra de Andrade, detalhou que filiados queriam explicações sobre as denúncias de ocupação de cargos fantasmas e enriquecimento ilícito. “O Puccinelli queria que mostrasse onde estão os cargos fantasmas. Ou ele não sabe o que acontece na administração dele, ou está dando cobertura. Os ocupantes dos cargos ou estão no diretório ou na chácara, plantando alface com dinheiro público”, criticou.

Procurado pelo Midiamax, Ivan Louzada não mostrou preocupação com a denúncia, disse que eram falsas, mas admitiu que em 2010 indicou nomes para Puccinelli. Louzada afirmou que ninguém era fantasma e todos trabalhavam. Porém, ressaltou que não cabia a ele identificar quem trabalhava. “Se não estivessem o problema seria do governador”, avaliou. O presidente do PTB jovem em Mato Grosso do Sul, João Alfredo Vieira, é um dos acusados de receber e não cumprir expediente. Ele foi exonerado por Puccinelli no começo do ano, mas recontratado no dia 21 de janeiro.

No começo do ano Puccinelli exonerou 143 comissionados do governo, causando espanto pelo número que alegou ter no Governo, 1.900 indicados, considerado abaixo do real, mas também pelos nomes na lista de exonerados. A relação de demitidos incluía o ex-senador e prefeito, Juvêncio César da Fonseca, ex-deputado Reginaldo de Oliveira Ferreira, ex-deputado Manoel do Carmo Vitório, ex-prefeitos Dácio Queiróz Silva, de Antônio João, e José Arnaldo Ferreira de Melo, de Inocência, ex-participante do Big Brother Brasil, Dilson Walkares Rodovalho Filho, conhecido como Dilsinho MadMax, ex-secretário adjunto de Educação, Gamaliel de Oliveira Jurumenha, diretor da Ageprev, Moacyr Roberto Salles e o ex-secretário de Fazenda, Thiago Franco Cançado.

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