Presidente convocou governadores e prefeitos de Capitais para debater medidas após as manifestações que sacodem o Brasil há duas semanas

O governador de Mato Grosso do Sul, (PMDB), e o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), vão a Brasília (DF) nesta segunda-feira para discutir a onda de protestos no país com a presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Ela quer propor um pacto nacional para dar atender o ‘clamor das ruas'.

A assessoria do governo informou que ele viaja a Brasília no final da manhã. Já Bernal anunciou pelo Facebook que tem reuniões em ministérios, participa às 10 horas de uma reunião na sede da Frente Nacional de Prefeitos para discutir o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e se encontra com a presidente às 16 horas.

No dia 21 de junho, Dilma informou em cadeia nacional, de rádio e televisão, que se reuniria com prefeitos de capitais e governadores para discutirem e encontrar uma saída que atenda as reivindicações da população.

“Irei conversar, nos próximos dias, com os chefes dos outros poderes para somarmos esforços. Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos”, declarou a presidente, esclarecendo que vai fazer um Plano Nacional de Mobilidade Urbana, que privilegie o transporte coletivo; destinará 100% dos recursos do petróleo para a educação e trará milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde, o SUS.

Durante discurso a presidente disse aindaque os manifestantes têm o direito de criticar, propor e exigir mais qualidade de vida. Porém, deixou claro que não vai aceitar violência. “O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos. Essa violência, promovida por uma minoria, não pode manchar um movimento pacífico e democrático”, discursou.

As manifestações levaram milhares de brasileiros às ruas e ocorreram em mais de 400 cidades. Em Campo Grande, foram três manifestações, que levaram 70 mil pessoas às ruas.