Puccinelli deixa escapar preferência por Simone e comemora apoio de Zeca ao PMDB

O governador preferiu não comentar a possibilidade de uma aliança entre o PT e o PMDB, justificando que ainda está muito longe

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O governador preferiu não comentar a possibilidade de uma aliança entre o PT e o PMDB, justificando que ainda está muito longe

O governador André Puccinelli (PMDB) deixou escapar na manhã desta quarta-feira (28) a preferência pela candidatura de Simone Tebet (PMDB) ao Governo do Estado. “Escutou senhor”, declarou o governador ao ouvir a imprensa dizendo que seria bom uma mulher no governo. A preferência por uma mulher foi declarada depois que o governador brincou que queria dar entrevista apenas para as mulheres.

Puccinelli também comemorou quando ficou sabendo que o ex-governador, Zeca do PT, disse que prefere aliar-se ao PMDB a ter que compor com o PSDB em 2014, na briga pelo Governo do Estado e Senado Federal. “Una-se aos bons e será um deles. Obrigado senhor”, comemorou Puccinelli.

O governador preferiu não comentar a possibilidade de uma aliança entre o PT e o PMDB, justificando que ainda está muito longe. Porém, questionado sobre a proposta de Zeca, do PMDB apoiar o PT e os partidos lançarem duas chapas para o Senado, em um eventual último confronto PuccinellixZeca, o governador declarou que não gostaria.

“Eu não quero embate com mais ninguém. Acho que já tive um ciclo como gestor público relativamente bem desenvolvido. Minha preferência é cuidar dos netos se o povo e o partido deixar”, voltou a dizer.

Apesar de dizer que não pretende disputar o Senado, Puccinelli fez uma relação de possibilidades para 2014, incluindo o seu nome na disputa. Neste momento, voltou a citar o nome de Simone antes do prefeito Nelsinho Trad (PMDB). “Ou Simone no governo e Nelsinho vice ou Nelsinho no governo e Simone vice, com André Senador. Ou Simone senadora, Nelsinho senador. Tem muita coisa”. Puccinelli disse ainda que não descarta a possibilidade de uma aliança com o PT, visto que PMDB e o PT são aliados nacionais.

Embora diga que ainda está longe da disputa, a escolha entre Nelsinho e Simone para o governo incomoda Puccinelli e intensifica a crise no PMDB. A polêmica é ainda maior porque Nelsinho insiste em dizer que não abre mão de disputar o Governo e Puccinelli insiste que o PMDB não levará em conta desejos pessoais. Na Assembleia Legislativa Jerson Domingos voltou a defender uma aliança entre o PT e o PMDB, com Delcídio Amaral governador e Simone candidata ao Senado. Questionado sobre o futuro de Nelsinho, Jerson analisou que ele seria um bom vice de Delcídio.

Nelsinho considerou a aliança impossível por causa da rivalidade entre os partidos e voltou a cogitar a possibilidade de deixar o PMDB. “Não tenho só o PMDB para ser candidato. Represento um grupo de pessoas que apostam neste projeto”. Esta não foi a primeira vez que Nelsinho ameaçou deixar o PMDB. Recentemente o prefeito disse que não vê outra possibilidade de disputa em 2014 que não seja o Governo do Estado e ainda pediu a cabeça do presidente estadual do PMDB, Esacheu Nascimento.

A briga entre Nelsinho e Esacheu começou depois que o presidente do PMDB revelou preferência por Simone no Governo do Estado, justificando que ela é candidata natural do partido após a derrota em Campo Grande. Esacheu avaliou que Nelsinho saiu enfraquecido da disputa em Campo Grande, já que foi o coordenador da campanha de Edson Giroto (PMDB).

As ameaças de Nelsinho não agradaram a vice-governadora Simone Tebet. Ela informou que não brigará por cargos e ressaltou que é partidária e não deixará o PMDB caso o partido entenda que Nelsinho será o candidato.

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