Dentro do TRE, Puccinelli afirma que vai usar governo para fazer campanha

Zeca do PT afirmou que eleição não é “guerra”, é “democracia” e que o adversário dele é um “destemperado”

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Zeca do PT afirmou que eleição não é “guerra”, é “democracia” e que o adversário dele é um “destemperado”

O governador André Puccinelli (PMDB) disse hoje dentro do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que vai aliar a administração do Estado à campanha eleitoral. Indagado sobre a ilegalidade, ele disse: “Eu posso fazer campanha ao meio dia, às duas da tarde, as oito ou nove da manhã, nada me impede que eu faça campanha a qualquer momento. Ao estar trabalhando eu já estou fazendo campanha. Ao eu ir, por exemplo, no bairro falar que eu asfaltei lá, que eu fiz a creche lá, que eu fiz o campo de futebol, que tal?”, ironizou.

Em entrevista à imprensa, gravada, ele ainda disse: “Estou utilizando da figura do candidato para dizer o que eu já fiz. Vamos fazer o comparativo”.

Apesar de defender uma campanha “limpa” [sem ataques], o governador quando questionado sobre o principal adversário Zeca do PT dar “mais trabalho do que o esperado”, ele respondeu que “depende do quanto de dinheiro ele vai ter para gastar”.

“Depende de quanta grana ele tem a mais para gastar. Depende de quanta grana ele já gastou e quanto mais ele tem para gastar na compra”, declarou sobre Zeca do PT.

Questionado pela reportagem do Midiamax se o que valia era o dinheiro, ele aproveitou para acusar Zeca do PT de comprar partidos. “Não, ele comprou dois partidos”.

A legislação eleitoral proíbe o uso do cargo público para campanha eleitoral. Nesta manhã, o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho (PMDB), disse que todos os dias depois do expediente [a partir das 18h] se dedicará à campanha de Puccinelli e assim, seguir o que preconiza a legislação.

Farpas

O governador André Puccinelli, do PMDB, e o ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, candidatos ao governo, deram uma ideia do que vem pela frente a partir de amanhã, data de início da campanha eleitoral. Puccinelli disse que “daqui uns” dias vai provar que Zeca “comprou” dois partidos para inflar a coligação. Já o candidato petista disse que eleição não é “guerra”, é “democracia” e que o adversário dele é um “destemperado”.

Puccinelli e Zeca do PT registraram suas candidaturas no fim da tarde desta segunda-feira. A campanha do peemedebista, segundo declarado no TRE, deve custar R$ 20 milhões, R$ 4 milhões a mais do que o projetado pela coordenação de campanha do PT. Anteriormente, Puccinelli declarou que gastaria entre R$ 30 e R$ 40 milhões de reais na campanha.

Os dois concorrentes ao governo já se enfrentaram nas urnas em 1996, quando Puccinelli se elegeu prefeito de Campo Grande. Dois anos depois, Zeca do PT conquistou o governo do Estado.

Puccinelli e Zeca são as duas maiores expressões políticas da atualidade aqui no Estado. O governador escolheu a ex-prefeita de Três Lagoas, a também peemedebista Simone Tebet, como sua vice.

Já o petista, atraiu outra liderança feminina para compor como vice, a advogada, professora universitária e produtora rural Tatiana Azambuja Ujacow (PV), de Dourados.

Os dois candidatos prometeram adotar uma mesma estratégia durante a campanha: recorrer a comparativos de feitos de um governo com outro. Tanto Zeca quanto Puccinelli declararam que não vão fugir do debate, mas trocaram acusações entre si. “A resposta será nas urnas” foi a frase padrão de ambos.

O governador Puccinelli disse que vai apoiar o candidato do PSDB à Presidência, José Serra. E Zeca do PT, a candidata Dilma Roussef, do PT, e a presidenciável Marina Silva, do PV.

A partir desta terça-feira já é possível os candidatos promoverem comícios pelo Estado e oficialmente fazerem campanha.

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