O mês de abril realizará 14 julgamentos, em campo Grande, de diversos crimes como assassinatos a tiros, facadas, atropelamento de propósito e disputa de ‘racha’. As sessões ocorrerão sempre às 8 horas e são abertas ao público.
Nesta terça-feira (1°), no primeiro do mês, Christian de Queiroz Oliveira será julgado por matar Cristian Alcides Ramires em outubro de 2022 no bairro Guanandi. O autor foi contratado para matar a vítima, por um homem, morador do Paraguai.
O crime aconteceu após a vítima perder uma carga de 435 quilos de cocaína – avaliada em cerca de R$ 10,8 milhões, levando em consideração o preço médio de venda de R$ 25 mil o quilo nas principais metrópoles do país.
Na quarta-feira (2), Dois serão julgados, são eles Alfredo Vaez e Neri Vaez, por matar a facadas Júnior Roas de Arruda. Junior foi assassinado a facadas no peito, próximo a um bar no Parque do Lageado. Na época do crime, o irmão da vítima disse que ficou sabendo da morte indo até o local. Aos policiais, ele disse que escutou de testemunhas que Junior teria discutido com um desconhecido em um bar na mesma rua.
No dia 3, Olliver Richerd Ferreira Siebra e Willian Goes Abbade vão a julgamento por promover racha em via pública, que causou a morte de Roberta Costa Coelho e deixou outros 5 feridos em abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, no Jardim Panamá, em Campo Grande.
Além da ingestão de álcool, William conduziu o veículo em alta velocidade, acima dos 100km/h, violou a sinalização e semáforos até colidir em um poste em uma curva, onde Roberta faleceu. Ele responde por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir sob efeito de álcool e por dirigir em alta velocidade e participar de disputa de racha.
Já Olliver responde por ter deixado de prestar ou solicitar socorro às vítimas, conduzir o veículo em alta velocidade, participar de disputa de racha e por não ter permissão para dirigir.
Na sexta-feira (4), Jederson Miranda Perez será julgado por tentar matar Leonardo Martinez a tiros, em janeiro de 2020, no bairro Moreninha. Segundo a denúncia, a namorada da vítima era inquilina e tinha um caso extraconjugal com o pai do autor.
Após os familiares do autor descobrirem, despejaram a menina do imóvel alugado.
A mulher e o namorado, estavam fazendo a mudança do local, quando o autor chegou e chamou a vítima: “ô cornão do ano!”. Logo iniciaram uma discussão e agressões. O autor foi até sua conveniência e voltou com uma arma de fogo e disparou contra o Leonardo, que foi socorrido.
No dia 8, Rafael de Brito Ferreira sentará no banco dos réus por matar Michael Douglas Martins da Costa, de 29 anos a tiros no dia 14 de fevereiro de 2023. O crime aconteceu durante briga generalizada em uma conveniência, no Santa Luzia.
Além disso, o autor dos disparos, de 37 anos, também estava no local, sentado, bastante machucado no rosto.
A briga generalizada teria começado após um homem ter chamado a esposa do autor para dançar e feito comentários ofensivos a ela. A discussão inicial teria sido entre o autor e esse homem.
Marcos Vinicius de Oliveira Silva, será julgado na quarta-feira (9) por matar Wenderson Felipe de Souza Gomes, de 27 anos a tiros no bairro Aero Rancho em abril de 2022. Na época a esposa da vítima disse não saber quem atirou no marido.
Dia 10, José Ronaldo Amoarim Lopo, será julgado por crime cometido contra Wilkisonn Danillo Barbosa Figueiredo, em 2024.
No dia 15, é a vez de Alex Leandro Pinheiro, ser julgado por crime cometido contra Delane de Oliveira Victor, em 2022.
Na sexta-feira (11), Maxsuel Bruno da Silva, vulgo ‘Maquito’ será julgado por matar Leonardo Gomes Lescano, no bairro Nova Lima, em Campo Grande, em junho de 2020. Leonardo estava desaparecido desde o dia 11 daquele mês. O corpo dele foi encontrado em uma fossa no dia 14, com ferimento no pescoço no bairro Nova Lima. O crime ocorreu na Rua Afonso Martins de Souza.
Maxsuel ligou para a vítima e a convidou para tomarem uma cerveja no local dos fatos, momento em que Leonardo perguntou a ele sobre o pagamento de uma dívida de R$ 100. Maxsuel respondeu que eles conversariam no local, segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Já no local, os acusados e a vítima ingeriram bebida alcoólica, momento que Maxsuel se levantou e disse queria urinar, porém, de surpresa desferiu golpe com arma branca contra Leonardo.
Em seguida, a dupla jogou a vítima em uma fossa que tinha no quintal.
No dia 16, Douglas Henrique de Azevedo Pinto será julgado por crime cometido contra Claudemir Nunes da Silva em 2021.
No dia 23, dois sentarão no banco dos réus. Ryan Victorio Alencar Silva e Wellington da Silva Bernardo por matar a tiros Gabriel Jordão Silva, de 23 anos, em frente a sua casa no bairro Moreninhas, depois de ser descoberto pelo ‘chefe’ do tráfico na região que estava comercializando drogas no local.
O mandante do crime, Wellington da Silva Bernardo, conhecido como ‘Tantan’, era quem comandava o tráfico, sendo o fornecedor exclusivo no bairro. O crime aconteceu no dia 1º de fevereiro de 2023 e para o assassinato Wellington recrutou Ryan Victorio, conhecido como ‘Amarelinho’, além de outra pessoa para o crime.
Já no dia 25, Vanusa Roberto será julgada por matar o padrasto Maikon da Silva, atropelado duas vezes, no Bairro Rancho Alegre, em Campo Grande. Antes de morrer, ele conseguiu contar que estava na calçada encostado no muro bebendo uma cerveja quando a mulher que dirigia um carro Corsa o atropelou propositalmente. Antes do atropelamento, o homem disse que havia discutido com a esposa.
Vanusa ainda deu ré e o atropelou novamente. Mas, durante a fuga, o pneu estourou e a autora fugiu. Momentos depois, uma mulher dizendo ser esposa da vítima contou para os policiais que atenderam à ocorrência que ela e o marido haviam brigado e ela foi agredida pelo homem.
A autora do atropelamento foi encaminhada para a delegacia.

Em 2017, aceitando a alegação de legítima defesa, o Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Campo Grande absolveu Weslley. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recorreu solicitando a desconstituição do julgamento, alegando que havia provas suficientes para condenação do réu.
O TJMS aceitou a apelação e determinou novo julgamento. Em seguida, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou pedido da defesa para anular a decisão. No entanto, o ministro do STF Gilmar Mendes manteve a decisão do TJMS que determinou novo júri na época.
Ultimo julgamento do mês, dia 30 Talisson da Silva Nascimento e Vandelson Britez Machado. Eles mataram Célio Aparecido da Silva Santos dentro da cela no solário do IPCG (Instituo Penal de Campo Grande). O crime aconteceu em outubro de 2023.
O trio espancou violentamente Célio, depois o enforcaram e o penduraram pelo pescoço na cela. O crime foi cometido porque a vítima se autointitulava líder do local.
O terceiro envolvido no crime, Higor Eduardo Franco, foi condenado a 10 anos e 5 meses de reclusão, em regime fechado, em julgamento no mês passado.