Uma adolescente de 17 anos relatou o terror que viveu nas mãos do pastor acusado de estuprar pelo menos cinco mulheres que procuraram ajuda para se libertarem do uso de drogas, em Campo Grande. O pastor tinha três agendas para controlar as vítimas. A Polícia Civil investiga se o pastor teria feito vítimas em Aquidauana e Terenos.
A adolescente contou que conheceu o pastor em fevereiro de 2024, e nesta época era usuária de drogas e buscava ajuda para se livrar do vício. Por isso, acabou aceitando a ajuda do pastor que a levou para morar em sua casa.
Já na residência, a adolescente relatou que o pastor fazia ‘limpeza espiritual’ e que para isso a levava para um cômodo, onde ela era obrigada a tirar a roupa, e neste momento, a vítima era abusada pelo autor, que afirmava se tratar do ‘pacto do túmulo’.
Durante um dos estupros, a adolescente começou a chorar e a repudiar o pastor que contrariado disse que a ‘jovem não queria libertação porque não estava sendo uma boa menina’. Uma das agendas que o pastor tinha possuía anotações dos nomes de mulheres que fizeram o ‘pacto do túmulo’ com ele. Já em outra agenda, o acusado tinha anotações para controlar a menstruação das vítimas.
Conforme o relato da adolescente, o pastor era pedreiro e levava as vítimas para trabalhar com ele nas obras, onde ocorriam os estupros.
Entenda o caso
O pastor de 59 anos preso por estupro em Campo Grande fez pelo menos cinco vítimas na Capital. Ele cometia os crimes desde 2023, e foi considerado pela polícia como um estuprador em série. O pastor tinha anotações íntimas das vítimas, como ciclo menstrual.
Em coletiva de imprensa, os delegados, Pablo Farias e a Nelly Martins, disseram que o pastor já atuou em Aquidauana e Terenos, o que pode aumentar o número de vítimas. O pastor atuava na região por cerca de 8 anos.
Ainda de acordo com os delegados, as vítimas tinham idades entre 13 e 21 anos, e o pastor seguia o mesmo padrão para escolher as vítimas, como a vulnerabilidade e promessa de ajuda para largar as drogas. “O estuprador escolhe um lugar e profissão que facilite cometer os crimes”, disse o delegado.
Os estupros não ocorriam na igreja, segundo os delegados. Conforme informações, os estupros aconteciam durante orações de ‘limpeza‘, quando o autor se aproveitava para passar as mãos no corpo das vítimas. Ele ainda ameaçava as mulheres, caso contassem algo.
Ele convencia as vítimas de que elas precisavam realizar ‘limpezas espirituais’ e com isso as forçava a morar com ele. As mulheres eram ameaçadas pelo homem que dizia que elas sofreriam de algum ‘mal espiritual’, caso não aceitassem fazer a ‘limpeza espiritual’.
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